terça-feira, 27 de julho de 2010

Curiosidades - Euclides da Cunha - Cumbe

Você sabia? Antigamente em nossa cidade...

*Na igreja, cada família tinha uma ou mais cadeiras para se ajoelhar. O móvel é um tipo de cadeira para assento na posição de “L” deixado cair a um ângulo 90 graus. Eram caprichadas, torneadas e com almofadas. Eram individuais somente sendo usadas pelos donos.





*Na escola no horário previsto, o professor surgia vestido de terno, gravata, chapéu e óculos, além do livro de leitura. Os alunos entravam na sala silenciosamente, e, estendendo a mão, “pediam a bênção”. Ocupando os respectivos lugares, permaneciam de pé. O professor sentava, seguido pelos alunos.



*As residências: A porta principal quase sempre ficava no centro e possuía janelas dos lados. A porta dava acesso à sala de visitas, ampla e bem decorada, com móveis de madeira de lei. Por um corredor extenso e quartos em sua lateral chegava-se à sala de refeições, bem arrumada e com móveis pesados: mesa retangular com gavetas, guarda-louças com espelho. Junto à



sala de jantar ficavam os alpendres onde eram conservados os potes de barro com água para beber e copos de alumínios bem areados. As visitas utilizavam copos de vidro. Pelo


quintal chegava-se ao banheiro e à latrina, uma fossa coberta com madeiras com um pequeno buraco ao meio onde eram feitas as necessidades fisiológicas acocorado. Até na década de 60 e inicio de 70 , algumas residências ainda utilizavam.
(Clique no desenho ao lado e veja o exemplo)





O ferro de engomar era movido a carvão. Após a brasa bem vermelha, colocava-a dentro do aparelho e, de vez em quando, assoprava para maior aquecimento.




*Fonte: Livro No Sertão do Conselheiro - José Aras
(Alguns trechos foram editados)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Prédio da Usina de Geração de Luz Elétrica em Euclides da Cunha - 1948

Colaboração/Foto: Lucinha Campos

A seta bem à esquerda indica o prédio onde foi instalado o motor de geração de luz elétrica na denominada Rua da Usina, vizinho a casa estilo moderno de Miguel Ferreira e bem próximo ao Hotel Lua.

A popularmente chamada Rua da Usina hoje é a denominada Rua Major Antonino

>>>Clique nas imagens para ampliar



Foto do imenso motor marca Caterpillar, a diesel, trazido da Alemanha no ano de 1946 e instalado em Euclides da Cunha no ano de 1948, para fazer a iluminação pública da cidade das 18:00 horas até às 22:00 horas.


A iluminação a motor durou de 1948 até 1972, quando inaugurada em Euclides da Cunha durante a gestão do prefeito Antenor Dantas a energia da Chesf trazida pela Coelba.




Na foto, o funcionário do município que ficou conhecido como Galdino da Luz , pois, somente ele poderia trabalhar e administrar o funcionamento, limpeza, abastecimento e ligação do motor, através de uma manivela.

Curiosidade: As 21 horas e 45 minutos era dado um sinal, quando toda a iluminação da cidade era apagada rapidamente, avisando que, às 22 horas em ponto, o motor seria desligado.



Texto pelo Bel Hildebrando Siqueira
Foto, Galdino da Luz, cedida por Marli Lima França

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Aconteceu em Cumbe! Grande repercussão em 1937

Em 1937, o Padre Berenguer, após celebrar a missa em Massacará na festa da Santíssima Trindade, houve uma pequena discussão do Padre com o Sargento Leodegario resultando o Sargento dar um tapa no rosto do Padre.
Veja aqui a carta escrita por Belarmino Campos (Coletor de Trbitos), a punho, encaminha para o superior de Polícia da Bahia, da época, Dr Dantas Junior:


Documento contendo três fólios. Papel almaço sem pautas. Há notas de Dantas Jr. na margem superior: "Belarmino Campos" e na margem superior direita: "Recebida 5.6.937 Resposta 7.6.937" Anotações de terceiros à caneta: "Foi retirado o sargento".

Para ver a carta página 01 clique AQUI aparecerá uma lupa no mouse, daí clique no local desejado e navegue com as setas do teclado para os lados, para cima e para baixo

Para carta página 02 clique AQUI

Para carta página 03 clique AQUI




















TRANSCRIÇÃO em original da carta:



Monte Santo, 28 de Maio de 1937.


Presado amigo Doutor Dantas Junior.

Optima saude, junto a Excelentíssima Familia, são os meus votos bem sinceros.
Ha dias que não tenho o prazer de vossas noticias.
Tem esta o fim, de cumprir com o dever de trazer ao vosso conhecimen-to, um facto passado em Cumbe, que muito nos contrariou: Achava-se em Massacará o Padre Berenguer, Vigario aqui de Monte Santo e cura de Cumbe, para celebrar a festa da Santíssima Trindade, que alli se realiza todos os annos; lá; tambem se achava dentre outras pessoas, o Sargento Leodegario Barreto, 1º Suplente de Delegado em exercicio no Cumbe.
Por motivos futeis, tiveram o Sargento e o Padre Berenguer uma ligeira discussão, rezultando o Sargento dar um tapa no rosto do Padre, tendo ainda os saldados que acompanhavam o Sargento descom-posto o Padre com palavras ofensivas. O Padre, diante da offensa e desfeita sofrida

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retirou-se ficando suspenso assim, todos os actos religiosos que se hiria celebrar alli.
Estive com o Sargento em Cumbe, e este disse-me ter sido o Padre, quem provocou o incidente. De qualquer forma o Sargento andou-se muito mal, e o seu acto, foi censurado por toda população de Cumbe e daqui. O Padre Berenguer, tratou, logo ao chegar aqui, de providencias em Juizo, e estava de viajem para essa capital a fim de tambem queixar-se pessoalmente ao Chefe de Policia; Joaquim Lima, porem, veio até aqui, na terça-feira ultima e devido a amizade que tem com o Padre, consegui delle, fazer desaparecer tudo isso, nas condições porem, do Sargento ser exonerado e si embora. Nós, não ficamos absolutamente satisfeitos com essa atitude violenta do Sargento, que podia trazer gra-ves consequencias e grandes aborrecimentos como os que ja sentimos, de forma que o Sargento, que ja tinha licença do Chefe de Policia, para ir a capital, seguirá nestes dias, devendo Vosmece providenciar, logo a exoneração delle, como também

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o recolhimento ao Batalhão, pedindo-vos se interessar pela transferencia do mesmo do 3º B.C. onde se acha, para o 1º, visto a senhora delle adiar-se ahi doente na capital, dispensando-o também algum obse-quio que elle venha necessitar junto ao Commando da Força. Somente a retirada urgente do Sargento, de Cumbe, fará dezaparecer os commentarios aqui existentes, onde o Padre, conta com o apoio de toda população inclusive das autoridades, de forma, que eu e Joaquim pedimos tomar quanto antes as devidas providencias conforme o nosso pedido acima, pois só assim o Padre se julgará dezagravado, e nós, com socego e paz de que muito e mui-to carecemos.
Brevemente estarei ahi, quando melhor conversaremos.
Visitas ao Doutor João. Joaquim vos abraça, e disponha do vosso amigo muito grato


Belarmino Augusto Campos



A esquerda Belarmino Campos - 1937

Agradecimentos: Zenaide (UEFS) pela pesquisa feita com a família Dantas Junior fotografando a carta que encontrou em seus arquivos.
Lucinha e Neiva Lemos pelo e-mail que recebeu de Zenaide encaminhando para o Museu

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Curiosidades


Você sabia...?

Ainda no início do século XX em Cumbe, banho diário e completo caseiro era luxo? Tomava-se meio-banho, como era chamado. As mulheres se contentavam com um "banho de asseio" e lavavam os pés antes de dormir; os homens lavavam os pés à noite, em uma gamela de madeira.
Domingo era dia de festa e, por isso, de banho completo com sabonete, inclusive lavagem de cabeça e limpeza dos pés em uma pedra. As toalhas eram para todos da família. As roupas íntima eram trocadas e lavadas de vez em quando.



O uniforme usado pelo noivo nas núpcias não era vestido em qualquer outra oportunidade, a não ser no dia de sua morte. Por isso era dobrado e guardado até o momento fatal




O "mau olhado" até hoje é levado a sério. As mães não gastavam de mostrar seu recém-nascido a estranho, pois receiam que, ao olhá-lo, o visitante deixe a criança com "mau olhado". Logo após a visita corriam atrás de uma rezadeira.





Até a década de 70, para as crianças era muito gostoso brincar de "cabra-cega", "chicotinho queimado", "triscar pegou", "estátua", "ordem, seu lugar..." carneiro quer mel" "gerrô-gerrô", "pião", "cavalo de pau"







Antes de deitar, os pais reuniam os filhos para a "doutrina", quando rezavam: o Pai Nosso, a Salve a Rainha, o Credo, etc.



Fonte: Trechos extraídos do livro No Sertão do Conselheiro - José Aras


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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Filarmônica do Cumbe - 1930

Foto/contribuição: Neide Dantas
Foto inédita e rara da Filarmônica do Cumbe no ano de 1930 - Filarmônica Lira Nossa Senhora da Conceição.
Foto histórica, raríssima, da Filarmônica do Cumbe tirada em 1930.
Esta foto demonstra a evolução e o gosto musical existente no Cumbe no remoto ano de 1930, pois, para quem não sabia, a existência da Filarmônica evidencia o grau de civilidade e bom gosto que existia naquela época. Dentre os componentes da Filarmônica estão identificados até o presente momento, na primeira fila acima, da esquerda para a direita, o 5 (quinto) Ioiô da Professora de terno branco e chapéu panamá com o seu trompete; na segunda fila, Teago Ferreira de Carvalho, o terceiro da esquerda para a direita tocando trompa;
na terceira fila, na frente, sentados, da esquerda para direita: José Augusto de Lima Campos (Zezito Lima) com 8 anos de idade, o 5 (quinto) Nelson Bastos com sua flalta transversal e o último, Miguelzinho. Em pé, o Maestro. Assim, vê-se que em 1930, o Cumbe musicalmente, era infinitamente mais civilizado do que a Euclides da Cunha de hoje. - Texto de Hildebrando Siqueira

Afirma José Aras em seu livro qua a Filarmônica ensaiava dobrados, marchas, choros (chorinho) e valsas. Segundo os mais velhos, a primeira tentativa de se organizar uma Banda de Música em Cumbe foi em 1912, através de um maestro que veio de Soure.

Segue a relação de todos os músicos da banda: Enéas Abelardo Campos (Maestro), Oscar Dantas, João Siqueira Santos, José Lopes de Moura, João Carmezim de Almeida, Miguelzinho, Raimundo Siqueira Santos, Zulmiro Batista, José da Silva Dantas, José Lima Santos, Esmeraldo Marinho, Didico Marinho, Renato Siqueira Santos, Pedeca, José Lourenço Pinheiro e Teago Ferreia de Carvalho, sendo que os dois últimos foram também maestros.
Foram presidentes da banda, Luiz Calderão e Luis Ferreira Nascimento (Seu Lua).
Os músicos acima citados não estão na ordem da foto

>>> Para melhor ampliação, clique AQUI aparecerá uma lupa no mouse, daí é só clicar no local desejado

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Ônibus - Marinete - 1950

Foto/colaboração: Neide Dantas















O ônibus que fazia linha Euclides da Cunha a Salvador no ano de 1950.
Ao lado texto escrito pelo proprietário do ônibus no verso da foto que aqui transcrevemos:

"Photografia tirada em 1950
O primeiro ônibus que foi inaugurado para fazer esta linha daqui a Salvador
O proprietário.
Josias Mendonça
Euclides da Cunha, 20 - 12 - 1950"


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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Área onde foi construída a Praça Duque de Caxias - Foto: Jan/1965

Foto/contribuição: Mariolga e Lucinha Campos


Ao lado esquerdo está a lateral do PALCO OLIVEIRA BRITO, com sua frente para à Avenida Ruy Barbosa. O Palco Oliveira Brito era o local de Eventos Públicos Municipais onde recebia bandas para festas, atividades sócioeducativas e políticos.
A Praça Duque de Caxias foi construída em 1968 pelo prefeito Joaquim Silva Dantas (Ioiô Dantas)

Na foto Valdélio Magalhães

Clique na imagem para ampliar

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Curiosidades

Você sabia...?

O primeiro automóvel que chegou ao Cumbe foi trazido por seu proprietário Belarmino Augusto Campos, em 1938. Era da marca Chevrolet, tendo se constituído numa extraordinária novidade para deslumbramento das pessoas tendo sido chamado popularmente de "Barrão" (Detalhes informados por Hildebrando Maia)







- O sergipano José Mendonça trouxe, em 1952, um ônibus denominado popularmente de "marinete", para fazer o transporte de passageiros entre Euclides da Cunha e Salvador. A chegada da marinete às 17:00h era uma "festa" com dezenas de pessoas aguardando para comprar os jornais de Salvador e a revista "O Cruzeiro", o que mantinha as pessoas em dia com as notícias da Bahia e do mundo. A viagem de Salvador para Euclides da Cunha durava 12 (doze) horas, pois o horário de partida era às 5 horas da manhã, chegando às 17 horas se a viagem transcorresse normalmente, pois a estrada até Salvador era totalmente no cascalho. (Detalhes informados por Hildebrando Maia)










- A cidade de Euclides da Cunha se deslumbrou com um avião em 1946;





- O primeiro filme foi exibido em 1956, no cinema de José Augusto de Lima Campos (Zezito do Belo);








- As professoras Durvalina, Pequena, Luty, Railda, Naide Lima, Hilda e Terezinha iniciaram a contribuição das cumbenses para o brilho do magistério público;








- As casas somente foram numeradas em 1950. O carteiro conhecia todo mundo...








- As professoras Naide e Eurides inauguraram a era das escolinhas para crianças de idade inferior a 6 anos;








- O patriarca da terra foi José Calazans, carreiro do Capitão Dantas teve 30 (trinta) filhos com sua mulher Francisca.






Fonte: Livro - No Sertão do Conselheiro (José Aras)

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Carnaval - 1963





















Da esquerda para direita: Mariolga Campos, Lucinha de Antoniêta, Maria Olivia de Prof Teófilo e Angelina, fantasiadas de "As quatro mosqueteiras"

Ulisses Paiva Guimarães com Mariolga. Nota-se um tubinho de lança-perfume com Ulisses. Na época o lança-perfume era a coqueluche dos salões, usavam para borrifar os foliões, trazendo uma sensação fria, agradável e perfumada.


As festas carnavalescas eram realizadas no Grêmio Cultural e Recreativo de Euclides da Cunha, localizado na Praça Duque de Caxias ao lado do Hotel Lua e onde, posteriormente foi sede do ACRE de Edmundo Esteves de Abreu.
As bandas daquela época: Lau e sua Orquestra -Trompetista espetacular que fazia o sucesso nas festas;
Oliveira e seu conjunto, Los Guaranys, Super Som 3o Grau e outros

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Primeiro Concurso Miss Estudantil de Euclides da Cunha - 1962

Foto/contribuição: Mariolga e Lucinha Campos


Concurso realizado no Educadário Oliveira Brito em 1962. Na foto Mariolga Lima Campos, filha de Belarmino Campos, que ficou em segundo lugar.

O primeiro lugar quem levou o prêmio foi Leninha Canário, filha de Noemio Canário.
















>>> Mariolga Campos


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