segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A saga de Ioiô da Professora



Ioiô da Professora nasceu em 25 de abril de 1909,no Cumbe, filho de Leolino Manoel dos Santos e da famosa professora Erotildes Siqueira, a primeira professora pública nomeada pelo Governo do Estado da Bahia para o Cumbe e protagonista da épica viagem de trem de Salvador a Queimadas e daí até o Cumbe, em carro de boi de 6 juntas, aqui chegando em 1904.
Ioiô da Professora aprendeu o abc e a cartilha escolar com sua mãe professora e, logo demonstrou uma memória impressionante, o que ficaria evidenciado no futuro através do desenvolvimento aguçado da cultura avoenga que o tornou uma verdadeira celebridade mundial.
Na atual Euclides da Cunha, Ioiô da Professora começou a ser procurado em 1970, primeiramente, pela jornalista e escritora Cristina mineira Mata Machado, autora da obra “O Mundo dos Cangaceiros”, além de, inúmeras vezes, pelo jornalista e escritor Oleone Coelho Fontes, autor do extraordinário livro “Lampião na Bahia”. Também

>>> Professor Berthold Zilly

os professores universitários da Universidade do Estado da Bahia, Renato Ferraz e Manuel Neto, além do professor Emérito da Universidade Federal da Bahia José Calazans. Para espanto de quantos lerem esta matéria no Museu do Cumbe, esteve em Euclides da Cunha, por duas vezes, à procura de Ioiô, o professor universitário alemão Berthold Zilly, encarregado pela Universidade de Berlim - Alemanha de fazer um trabalho gigantesco de literatura: A tradução para o alemão da imortal obra “OS SERTÕES”, tradução essa que durou 10 anos.

Quando faleceu em julho de 2007, Ioiô da Professora recebeu uma grandiosa e consagradora homenagem da Revista Veja, através de um artigo escrito pelo jornalista Roberto Pompeu de Toledo, que aqui em Euclides da Cunha, também esteve, pessoalmente, entrevistando-o. O pesquisador e escritor euclidense José Dionísio Nóbrega autor do livro “Euclides da Cunha e o Sertão de Canudos” foi o mais próximo entrevistador que Ioiô teve; os dois varavam as madrugadas regadas a talagadas de café preto para espantar o sono, após intermináveis revelações.

Além disso, Ioiô foi inúmeras vezes entrevistado e filmado pela TVE Televisão Educativa da Bahia, sendo que, nos dias de hoje, basta acessar a internet nos sites de procura (Google e outros) para que lá esteja o Ioiô consagrado.

A Câmara Municipal de Euclides da Cunha o homenageou, condecorando-o com a medalha José Camerindo de Abreu e atual prefeita Fátima Nunes com o Projeto de Lei aprovado por unanimidade pela Câmara dando o seu nome ao futuro Centro Cultural Ioiô da Professora.
-Para saber mais sobre Ioiô da Professora clique AQUI

Texto do Bel Hildebrando Siqueira, neto da Professora Eroltides Siqueira e sobrinho do homenageado.

2 comentários:

Luciana disse...

Olá! Primeiramente parabenizo pela iniciativa de resgatar a historia dessa mais do que histórica cidade a qual tive a oportunidade de visitar, como estudante, durante a 2° Semana Cultural Os Sertões em setembro de1997 aos 14 anos. Curiosa em rever imagens da cidade achei o este blog, e fui dar uma conferida neste link que fala sobre essa figura incrível que é Seu Ioiô da Professora, o qual tive o privilégio de fotografar ao lado curiosamente em setembro de 1997, no Educandário Oliveira Brito, em uma das palestras realizadas na Semana Os Sertões. Logo, me inquietou a informação que aqui consta, de que Seu Ioiô tenha falecido em julho de 1997, quando eu mesma estive com ele em setembro do mesmo ano! As minhas fotos atestam, pois trazem as datas nas faixas que promoviam o evento. Relatei este fato porque sei que muitos procuram este blog como fonte de pesquisa e como educadora creio que os fatos aqui expostos devem ser fidedignos à história como ela aconteceu. Abraços, e parabéns!

Ney Campos disse...

Obrigado,Luciana, por sua participação: ocorreu erro de digitação quando foi feita referência ao ano de falecimento de Ioio da Professora, ocorrido de fato em julho de 2007.
Data retificada