segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Euclides da Cunha terra de ilustres


Por Celso Mathias  -  02 de novembro / 2019


Finados, um dia para reflexões, viajei no tempo trazendo à memória, pessoas e fatos que me acompanharão eternamente. Mãe, pai, o querido irmão Humberto, que partiu aos 23 anos e meu tio, quase um pai, José Mathias de Almeida Neto, meu referencial, meu amigo meu ídolo, ao ponto de ter, aos 14 anos, fugido de casa e de carona em caminhões, desembarcando em Vitória para encontrar o “Zequinha”- era assim que eu o chamava- àquela altura, já promotor de Justiça em uma comarca do interior do Espírito Santo.



 Euclides da Cunha terra de ilustres A aventura durou pouco. Uma semana depois, meu pai apareceu e me trouxe de volta a Euclides da Cunha. Dez anos depois, desembarquei novamente em Vitória, onde vivi os 25 anos mais importantes da minha vida e acompanhei a trajetória brilhante do tio Zequinha, que morreu aos 64 anos como desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, despachando no mesmo edifício que hoje ostenta o nome dele: Fórum Criminal Desembargador José e Mathias de Almeida Neto.


 E o Zequinha, até a morte de minha mãe, em 1971, vinha frequentemente a Euclides da Cunha, trazendo uma mala de presentes para amigos e familiares, além de dezenas de caixas de Chocolates Garoto, uma marca do Espírito Santo. E cultivava muitas amizades fora círculo familiar. Apotâmio Batista, Zeca Dantas, Zé Aras e Nelson Bastos entre tantos outros.


Com Nelson Bastos, trocava presentes, em todas as visitas. Nelson lhe dava sempre uma garrafa de boa cachaça e Zequinha, um presente da capital do Espírito Santo.

 Para quem não conhece, Euclides da Cunha é uma cidade de 60 mil habitantes, segundo estimativa de 2019, localizada no semiárido baiano, a 311km de Salvador e é berço de ilustres personalidades que ocuparam e ocupam importantes espaços na vida nacional e, infelizmente, hoje estão esquecidos ou sequer, chegaram a ser conhecido pelos habitantes locais.


 Atualmente desembargador aposentado, Aloísio Batista chegou a presidente do TJ da Bahia e interinamente, por vacância dos titulares, a governador do Estado. No passado, Ramonaval Augusto Costa, nascido no então Cumbe do Major, veio a ser um dos mais brilhantes economistas do País e catedrático da USP. Durval Ferreira de Abreu que, por muitos anos, serviu no alto comissariado da OEA em Washington. Na mesma linhagem, o hoje fazendeiro na Chapada Diamantina, Elieze Bispo dos Santos, também é homem de brilhante carreira jurídica, tendo atuado, inclusive como desembargador do TRE baiano.














Ainda na ativa, podemos falar no advogado e ex-deputado Roque Aras, que embora não tenha nascido na cidade, tem fortes relações com a região, por conta do seu pai, José Aras, que viveu por muitos anos na cidade, foi o inspirador do nome Euclides da Cunha e autor da letra do hino oficial do município. José Aras, é avô do PGR Antônio Augusto Brandão de Aras.




 Sebastião Alves Ferreira dos Santos dos Santos foi o mais brilhante cidadão euclidense de sua era! - Ele nasceu na Rua da Igreja ao lado da casa de Antônio André. Filho do comerciante Nezinho de Hermógenes e da costureira Edite Alves, Sebastião teve uma carreira meteórica. Concluiu o curso ginasial no Educandário Oliveira Brito, o curso de Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas, onde depois assumiu uma cadeira como professor titular, e fez o doutorado em finanças na Universidade do Texas. Morreu precocemente aos 44 anos de idade, ainda como diretor financeiro da Eletropaulo.



No centro da foto recente, Celso Mathias de Almeida, geriatra que aos 92 anos, ainda atende no seu consultório em Natal- RGN, onde foi professor da Universidade Federal e paraninfo de várias turmas de formandos em Medicina.


Já o médico José Silva Dantas Filho, o Dantinhas, ao Lado do Irmão, Luiz Carlos Nascimento Dantas, formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia e ambos se radicaram em São Paulo. Dantinhas em Itapetininga e Luiz na capital paulista. Dantinhas faleceu em Euclides da Cunha durante uma viagem que costumeiramente fazia à sua terra natal e hoje dá nome a um importante hospital de Itapetininga, merecido reconhecimento pelo brilhante profissional de saúde e cidadão que foi. Luiz, em plena atividade, é reconhecido anestesiologista disputado pelos mais importantes cirurgiões dos melhores hospitais de São Paulo, entre eles, o Sírio Libanês. E mais que isso, é reconhecido como cidadão extremamente prestativo especialmente com euclidenses que bateram â sua porta em busca de orientação médica.

















 E vocês lembram do Nelson Bastos, o amigo do Des. José Mathias de Almeida Neto citado no início dessa narrativa? Nelson é avô do jovem juiz de direito Fábio Alexsandro da Costa Bastos, atual assessor especial da 2ª vice-presidência do Tribunal de Justiça da Bahia. Fábio também é neto, pelo lado materno, do saudoso líder político e comerciante, Custódio Sabino da Costa, contemporâneo e amigo irmão de José Aras.


 Fábio já está incluso nessa lista de euclidenses ilustres, por conta de um currículo exemplar: colou grau em Direito pela UFBA em fevereiro de 1997 aos 24 anos de idade. No mesmo mês recebeu a carteira da OAB e, enquanto exercia a advocacia, debruçou-se sobre os livros. Na Escola de Magistrados da Bahia (EMAB) fez inicialmente o Curso de Preparação para a Carreira Jurídica seguido de vários outros que lhe permitiram ser aprovado com louvor no concurso que o fez Juiz de Direito em 16/04/1999, menos de dois após a colação de grau e aos 27 anos de idade. Juiz da 19ª Vara Cível de Salvador. Foi também, por dois biênios, desembargador do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia e o corregedor Regional Eleitoral da corte. É casado com a juíza Bárbara Correia de Araújo Bastos e, pelo respeito e trânsito que goza nos meios jurídicos da Bahia, é uma figura da qual os euclidenses e até os baianos podem esperar muito!

 Revista Vida Brasil


_

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Hino de Euclides da Cunha - INSTRUMENTAL






Com esforço e dedicação conseguimos, pela primeira vez, gravar o Hino de Euclides da Cunha na forma Solo (INSTRUMENTAL). Agradecemos a todos que colaboraram para essa preciosa obra de JOSÉ ARAS

 Músicos:
Bandolim: Ney Campos
Tuba (solo): J. Tuba.          - midi
Piston: Crisinho
Violão: Cinquentinha 7 Cordas
 Flauta: AdriFlutes           . - midi
Baixo: Mi Oliveira
 ______________
Idealização: Ney Campos (MuseuDoCumbe)

Apoio: Henrique do Acordeon
Colaboração: Ohniram Marinho



 _______________
Patrocínio:

 ________________________________
 Gravação: StudioN Produções



https://www.youtube.com/watch?v=LcRAhEDx5Yo




___



terça-feira, 21 de maio de 2019

Juviniano Gomes dos Santos



Juviniano, como era conhecido, era natural de Canudos-BA, quando este ainda pertencia ao Município de Euclides da Cunha, na condição de Distrito.

Filho de Pedro Gomes dos Reis e Juvina Possidônia dos Santos, logo após concluir o curso primário (atual ensino fundamental), aprendeu o ofício de alfaiate e, nesta profissão, ficou por cinco anos, quando ingressou no serviço público, como funcionário da Secretaria da Fazenda, onde ficou por um ano.

Em sociedade com o amigo Genaro Rabelo, abriu uma farmácia em Canudos e, no ramo farmacêutico permaneceu até 2010, quando encerrou esta atividade à frente da Farmácia Estrela, na Rua Oliveira Brito, em Euclides da Cunha.

Na década de 1950 a 1960, mudou-se para Euclides da Cunha, onde foi morar com o político Antônio Baptista de Carvalho, um conterrâneo de prestígio junto à população euclidense.

Pararalelo à sua atividade comercial dedicou-se à agropecuária. Pessoa de fino trato, sua simpatia muito contribuiu para o sucesso na carreira política, ao ser eleito para o cargo de vereador, sempre com votação expressiva e por três mandatos, apesar de sua aparente sisudez.



Juviniano ganhou prestígio e cacife que os levaram ao cargo de prefeito municipal, cujo mandato foi marcado por obras de infraestrutura e serviços relevantes, como o Hospital Municipal Atônio Carlos Magalhães, com capacidade para 45 leitos, que melhorou consideravelmente o atendimento médico aos euclide
nses e, também, de pessoas de outros municípios que não disponibilizavam desse tipo de serviço essencial. Ainda na área da saúde pública, construiu oito minipostos de saúde no interior do município e um posto médico na sede.

Na Educação, ampliou a rede escolar de 70 para 250 salas de aula, fez melhoramentos no Educandário Oliveira Brito (construiu salas de aula e uma quadra para práticas esportivas); além de vários prédios escolares no município.

Para melhorar os serviços educacionais, instalou e deu apoio aos programas desta área que existiam naquele período: HAPROL, LOGOS, LBA, voltados para a qualificação dos professores e melhoria do ensino público, de combate ao analfabetismo, entre outros.

Para melhorar o saneamento básico da população construiu o Matadouro Municipal, ampliou o serviço de abastecimento d’água nos distritos de Caimbé, Aribicé e no então distrito de Massacará; além da construção de uma barragem no distrito de Ruylândia e provimento de água para a localidade de Mutambinha, beneficiada com a perfuração de um poço artesiano. Serviços executados com recursos provenientes do PIS.

Em seu governo trouxe para Euclides da Cunha, órgãos importantes do Governo do Estado, como: EMARTERBA (atual EBDA), INTERBA, Projeto Sertanejo (combate à seca executado pelo DNOCS), TELEBAHIA (atual OI), 14ª CIRETRAN, LBA. Este teve as suas atividades ampliadas para atender ao Projeto Casulo, voltado para o menor carente e, ao Projeto Conviver, de amparo aos idosos. Caixa Econômica Federal e Banco Mercantil de São Paulo foram trazidos para Euclides da Cunha, em sua gestão. Construiu o Fórum Des. Artur César Costa Pinto, onde atualmente está instalado o Juizado de Pequenas Causas.

Inauguração do Hospital ACM



Preocupado com as famílias pobres e sem teto, Juviniano por meio de convênio com o Governo do Estado (URBIS), implantou um conjunto habitacional com 360 moradias, batizado com o nome de Nossa Senhora da Conceição (também conhecido como Casas Populares), além de adquirir uma área para construção de mais 360 casas.

ACM: recepção no Campo de Aviação

Urbanizou a Praça Roberto Santos, abriu ruas e pavimentou várias delas. Junto ao Governo do Estado conseguiu a estrada que liga o atual aldeamento de Massacará à Cidade de Cícero Dantas, rodovia BA 220, que está sendo pavimentada com asfalto pelo governo estadual, com recursos do Governo Federal.

Em seu governo, Juviniano não se esqueceu do lugar onde nasceu, pois trabalhou fortemente na agilização do Projeto de Emancipação Política do Distrito de Canudos, fato que se concretizou em 1985, com a eleição para prefeito do médico Manoel Adriano Filho, com o seu apoio.

Juviniano também entrou para o folclore político de Euclides da Cunha, com várias histórias sobre suas andanças pelo município, especialmente nos períodos de eleições. A maioria voltada para sua habilidade política e a forma simplista como lidava com as pessoas, principalmente aquelas que eram consideradas “adversárias” e quase sempre terminava com a conversão das mesmas para o seu partido político.

Aos 78 anos de idade, já aposentado de sua atividade comercial, porém, à frente de seus negócios voltados para a agropecuária, Juviniano foi diagnosticado como portador do mal de Alzheimer, (doença degenerativa que afeta o sistema neurológico, principalmente), que culminou com a sua morte, no último dia 04 de junho, às 17h30, em sua residência, onde sempre teve o carinho e o zelo de sua esposa Dulce Santos e seus filhos Marília, Murilo, Márcio e Marcelo, além de os muitos amigos e amigas que o visitavam, sempre.

Esse grande líder político, que teve o seu nome emprestado ao Centro Educacional do povoado de Pinhões, foi sepultado no Cemitério Municipal de São José, num cortejo fúnebre marcado pelas presenças de centenas de amigos e amigas, lideranças políticas de Euclides da Cunha, Canudos, Tucano, Monte Santo, Quijingue, Salvador, entre outros.


Por tudo que fez em Euclides da Cunha, Juviniano já é parte importante da nossa história contemporânea e merecedor de todas as homenagens póstumas que lhes forem prestadas. Era e sempre será uma alma boa. Perdeu a política um grande quadro.”

Colaboração/texto: Marina Remígio 



_

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

FRAGMENTOS


Revista Vida Brasil
www.revistavidabrasil.com.br


Por Celso Mathias

 E, no Café Society, enquanto mastigava caramelos de café com leite, assistia a meu pai ingerir sua dosinha de Jurubeba para forrar o estômago antes da Brahma gelada. Olhava para o outro lado da Avenida e enxergava o espetacular Hotel Lua, para mim, um dos lugares mais importantes da cidade, pois, lá, eu sentia a conexão com o mundo, através dos seus ilustres hóspedes: os viajantes. Lá, também morava Zeca Dantas que, vez por outra, atravessava a avenida e vinha até o Café Society...

 Mordi aquele pãozinho dourado, crocante, e viajei de mala e cuia para Euclides da Cunha. Fui parar em um ensolarado fim de tarde sentado ao batente de “O Crediário”, para quem não sabe a primeira loja de eletro-domésticos da cidade. E olha que, naquele tempo, sequer existia essa expressão. “O Crediário” vendia de tudo. Fogão, Geladeira, rádio Zilomag, porta de aço, bateria Heliar e até tratuá que nada mais era do que o piso externo de origem francesa, corruptela de “trottoir”, palavra que, hoje define uma atividade não tão nobre.


Do outro lado da “imensa avenida”, era assim que eu a enxergava até ali pelos meus 10 anos, estava a padaria de João Costa, o produtor daquela delícia que, até hoje, frequenta a minha memória gustativa. João Costa, além de padeiro, era também, delegado de polícia. Um homem alegre, inteligente e de uma impressionante velocidade de raciocínio. Naquela época, era assim! Os mais importantes cidadãos eram os comerciantes. Era também padeiro, o RaimundoThomaz, ainda vivo e saudável, aos quase 90 anos e à frente dos seus negócios que dizem ser grandes.

 O dono de “O Crediário” era meu pai, Jaime Amorim, que todos os dias, ao final da tarde, ordenava ao Dedé de Tutu ou ao Chico da Judite “Chico, vai ali ao João Costa e traz seis amanteigados”. Eles eram ajudantes do meu pai. O amanteigado era o pão quentinho feito pelo João Costa e untado com uma generosa quantidade de manteiga “Radiante” que era aplicada ao pão com uma espátula de madeira. O Dedé, hoje, deve ser um homem com cerca de 60 anos e vive em São Paulo. O Chico foi brutalmente assassinado em um dos becos da cidade, com menos de 20 anos de idade. Era um sujeito espirituoso -e um piadista nato. Sua morte causou imensa consternação.

 O sol escaldante desaparecia no fim da tarde e, a noite começava no Café Society ou Bar de Zezito como preferiam outros. O Café Society ficava na esquina da “Grande Avenida”, a Oliveira Brito, com a Praça Duque de Caxias, então apelidada de “Praça do Pau de Oliveira Brito”. Quem conhece a história da cidade sabe o porquê do apelido. Quem não conhece não pergunte porque não vou explicar, mas posso garantir que não tem nada de imoral.



 Foi o Zezito do Belo, ou Zezito do Bar ou Zezito do Alto-falante quem deu esse apelido à praça. Ele foi um homem à frente do seu tempo. Fundou o primeiro cinema da cidade, o primeiro serviço de alto-falantes, foi proprietário de um dos primeiros automóveis e, ainda por cima, em pleno sertão baiano, onde há pouco tempo Lampião passara semeando brutalidade e terror, inaugura um bar cujo nome é Café Society, expressão em voga no jet set mundial.


 E, no Café Society, enquanto mastigava caramelos de café com leite, assistia a meu pai ingerir sua dosinha de Jurubeba para forrar o estômago antes da Brahma gelada. Olhava para o outro lado da Avenida e enxergava o espetacular Hotel Lua, para mim, um dos lugares mais importantes da cidade, pois, lá, eu sentia a conexão com o mundo, através dos seus ilustres hóspedes: os viajantes. Lá, também morava Zeca Dantas que, vez por outra, atravessava a avenida e vinha até o Café Society beber cerveja, abrir o sorriso largo e a gargalhada estridente brindando com o não menos ilustre, o sobrinho Nelson Bastos. Zeca Dantas se foi aos quase 100 anos. Também longevo, Nelson, aos 93, ainda passeia espigado pelas manhãs euclidenses.


 Mas não era só o Hotel Lua que fazia a minha conexão com o mundo. Zezito, também! Com seu automóvel, seu serviço de alto-falantes e seu
“Night Club”. Isso mesmo, além do Café Society, ele era dono de um legítimo Night Club em Euclides da Cunha nos anos 60,carinhosamente chamado de “Naiti”. Para completar, fundou o cinema que, em seguida, venderia para Jonas Abreu.






 Jonas Abreu viveu e morreu para o cinema, para a família e para os amigos, não necessariamente nessa ordem. Foi no cinema dele, que assisti a um clássico do cinema mundial, ,Hiroshima Mon Amour, do cineasta Francês Alain Resnais. Era na casa dele que todos íamos, às tardes de domingo, ouvir, na moderníssima radiola Zilomag, o som de Miguel Aceves Mejia, Bienvenido Granda e os sucessos do momento com a turma da Jovem Guarda




 Certo dia, meu amigo Herder Mendonça convidou-me para, na sua casa de espetáculos, o saudoso Rock In Rio-Salvador, assistir a um show de Wanderléa
, a musa da Jovem Guarda. Aos 60 anos, exuberante e superprofissional, ela adentrou ao palco para se apresentar a uma platéia de uma centena de pessoas. Por um erro estratégico qualquer, a menor em toda a história da casa. Mesmo assim, cantou como se estivesse se apresentando num estádio lotado. No meio do show , deslocou-se do palco, veio até aonde eu estava, tomou-me as mãos e cantamos juntos “Uma vez você falou, que era meu o teu amor...” (trecho da canção Ternura, de Roberto e Erasmo Carlos). Digo cantamos, mas não foi bem isso. Ela cantava e eu chorava lágrimas dedicadas àquelas tardes de domingo que Jonas nos proporcionava.


Autor: Celso Mathias