quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Lapinha - Praça da Bandeira

Foto/colaboração: Nilda Dantas

Ao lado está a saudosa Anita Dantas Batista (Dona Anita) que herdou de seu pai, Francisco Dantas (Capitão Dantas), a mais antiga Lapinha da cidade (século XIX), hoje, ainda existente.

O lindo Presépio que era muito bem cuidado por D. Anita, chama-se também de Lapinha, onde representa o Nascimento do Menino Jesus. As portas da Lapinha da Rua da Igreja, como eram chamadas, até hoje, se abrem para visitas nas comemorações do Natal.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Resumo e detalhes da História de Euclides da Cunha




1 - Apresentação


Este projeto está fundamentado na História do Município de Euclides da Cunha desde tempos mais remotos quando este ainda se chamava• Vila de Cumbe.


Para uma melhor explanação do tema proposto, procurou-se embasar teoricamente em alguns autores e historiadores, bem com em relatos feitos por moradores que testificaram dos fatos ocorridos em nossa região, no tocante ao desenvolvimento social e cultural de nosso ríncão.





A história euclidense esta intrinsecamente ligada à história de Canudos, ou seja, Euclides da Cunha está inserida no contexto histórico não só de nossa região, mas também na Historia do Brasil, quiçá do Mundo.


>>> Igreja Matriz de Cumbe


Com o propósito de resguardar a nossa historicidade buscar-se-á registrar nesse trabalho todos, ou quase todos os fatos importantes ocorridos em nosso sertão,
desde o Cumbe até Euclides da Cunha.

2- Apanhado geral da história euclidense


A partir de 1945, Euclides da Cunha, teve os seguintes prefeitos eleitos pelo povo

01 Antonio Batista de Carvalho — 1947 a 1951









02 José Camerindo de Abreu 1951 a1955  (José Camerindo nasceu no início do século XX, por volta de 1901, quase 2 anos mais novo que o irmão Fulgêncio Abreu). Estamos pesquisando a data precisa

03 Antonio Batista de Carvalho — 1955 a 1959
04 José Bezerra Neto — 1969 a 1963

05 Antonio Batista de Carvalho — 1963 a 1967
06 Joaquim Silva Dantas— 1967 a 1971

07 Antenor Dantas de Andrade — 1971 a 1973
08 Enock Canário de Araújo — 1973 a 1977

>>> Antiga prefeitura




09 Juviniano Gomes dos Santos — 1977 a 1983
10 José Renato Campos de Abreu — 1983 a 1988

11 José Nunes Soares — 1989 a 1992
>>> Prefeitura Municipal de Euclides da Cunha
12 José Raimundo Moura da Costa 1993 a 1996

13 Atayde José da Silva — 1997 a 2000
14 José Renato Campos de Abreu 2001 a 2004

15 Rosângela Lemos Maia de Abreu 2005 a 2008
16 Maria de Fátima Nunes Soares (2009 - Atual)

Seus primeiros intendentes foram:

1 Antonio Francisco Reis (Major Antonino)

2 Coronel Ascênio Guimarães ( por 3 vezes)
3 Capitão Dantas (Francisco da Silva Dantas)

4 Joaquim de Carvalho Lima

5 Benevides Dias Moreira

6 Potâmio Américo de Souza

7 Luis Ferreira Nascimento – Sr Lua

8 José Esteves de Abreu

9 Galdino Alves de Souza

10 Joaquim de Santana Lim
a

Este período de intendência foi até 1930

Em 1931 pelos decretos de números: 7.455 de 23/06/1931 e 7.479 de 08/07/1931, Cumbe foi reincorporado ao município de Monte Santo.

>>>> Monte Santo - Bahia

Em 1933 foi a Emancipação definitiva do município de CUMBE pelo Decreto de num. 8.642 de 19 – 09 – 1933. Reconquistando autonomia plena em 1934 com Eleição Direta, inclusive com o voto direto das mulheres que votaram pela primeira vez no Brasil exercendo sua cidadania. SAIU VITORIOSO O SR JOAQUIM SANTANA LIMA, que tomou posse do cargo como primeiro Prefeito eleito da cidade de Cumbe.
Filarmônica de Cumbe - Clique AQUI

Sr Joaquim procurou administrar bem a cidade, apesar das dificuldades, construiu a


primeira prefeitura na Rua da Igreja,

onde hoje funciona a Biblioteca Municipal, contratou professores para alfabetização da criançada,








Foto da internet
colocou nas principais ruas postes de iluminação a carbureto. (Carbureto era o combustível da época). Etc.

Como funciona o carbureto? O Carbureto misturado com água num garrafão proprio produz gás + oxigênio, que faz soldas brancas, como é conhecida as soldas em oficina de reforma de carros! (Ao lado um pequeno lampião de carbureto)

Deixou o cargo em 1937 devido ao golpe de Estado dado por Getúlio Vargas, que foi ditador no Estado Novo de 1930 a 1945.

Só em 1945 o Brasil voltou a democracia e a cidade de Euclides da Cunha gozou de sua plena Democracia, votando no Prefeito e na instalação da Câmara de Vereadores.
O primeiro Prefeito com o voto direto foi o Sr Antonio Batista de Carvalho e PRIMEIRA CÂMARA DE VEREADORES foram eleitos:

*Joaquim de Santana Lima
*Raimundo Dantas Lima
*Álvaro Santos
*Joaquim Matias
*Teago Ferreira de Carvalho
*José Camerino de Abreu

Em 1938 – Elevação de Vila a categoria de cidade, pelo Decreto de num. 10.724 de 30/03/1938 e a mudança de nome de CUMBE PARA EUCLIDES DA CUNHA pelo Decreto 11.098 de 30/01/1938

Em 1949 – Criação da Comarca pela Lei Estadual de num. 175 de 12/07/1949 e a Instalação em 15/05/1955 sendo o PRIMEIRO JUIZ Dr Arthur da Costa Pinto e o PRRIMEIRO PROMOTOR Dr João Santa Rosa.
>>> Antiga Prefeitura onde funcionou o Fórum de Euclides da Cunha

Em 1953 o município de Euclides da Cunha é constituído de 3 Distritos: a Sede, Massacará e Canudos

>>> Massacará

Em 1972 – Criação da Bandeira do Município de Euclides da Cunha pela Professora Nilzete Dantas Moura e a Criação do Hino de Euclides da Cunha por José Aras
>>> Bandeira de Euclides da Cunha
Em 1985 Euclides da Cunha passa a ter os seguintes Distritos: a Sede, Aribicé, Massacará e Caibé

Em 25 de fevereiro de 1985 Canudos é desmembrado de Euclides da Cunha. Passou a cidade de Canudos

Principais Representantes da Vila e Cidade de Cumbe, atual Euclides da Cunha 1900 a 1950

1 - Tomás de Aquino
2 - Belarmino Campos
3 - Fulgêncio Abreu
4 - José Camerindo de Abreu
5 -
6 - Quinquim Paranhos
7 - Detinho Campos
8 - Joaquim Matias
9 - Mário Rocha
10 - Joaquim Santana Lima
11 -








1º Prefeito eleito em 1933 a 1937

Joaquim Santana Lima nasceu na Vila de Cumbe, filho do Sr José Joaquim de Santana Lima e de Dona Francelina Lima, casou-se por 2 vezes, a 1ª esposa Sra Grancinda Garcia, natural de Monte Santo e tiveram 4 filhos. Ficou viúvo e casou pela 2ª vez com a Sra Emília Dantas Lima, filha do Capitão Francisco da Silva Dantas, natural da Vila de Cumbe, tiveram 10 filhos. Desde muito jovem participou ativamente da vida política do município. Foi intendente, prefeito e por último vereador de 1950 a 1954. Em 1954 ficou como seu representante o seu filho José Dantas Lima (Zezé Lima), eleito vereador em 1954 que permaneceu na vida pública com 8 mandatos eletivos e quatriênio como Secretário Executivo na administração do prefeito Enoque Canário de Araujo.



>>>O Museu do Cumbe agradece a Professora Marly Lima França pela brilhante pesquisa baseada nos livros dos autores: José Dionísio Nóbrega, José Aras e informações do Sr Ioiô da Professora.




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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lapinha - Presépio da Professora Antonieta




Lapinha da Professora Antonieta

O Nascimento do Menino Jesus vem representado pela Lapinha. A Lapinha é um folguedo religioso também muito antigo com todo o repertório de jornadas referentes ao nascimento do menino Deus no Presépio.

Presépio significa estábulo, curral; representa a cena de adoração ao Menino Jesus na manjedoura, acolhido por Maria, José e os pastores, que estavam com seus rebanhos, na gruta de Belém.





Além de representar o nascimento de Jesus, a Lapinha da Professora voce aprecia: O céu, as estrelas, a dança, animais, o futebol, ruas arborizadas cercado de casas iluminadas, postes, antenas parabólicas, torres, grandes avenidas e, até o Elevador Lacerda não escapou de sua imaginação.


Cerca de vinte metros quadrados de sua residência era dedicado a Lapinha de Natal todos os anos. Hoje, em menor proporção, continua a alegrar as visitas em dezembro.

Abaixo, mais fotos. Repare a riquesa de detalhes criado com muito amor pela professora.

>>>Clique nas imagens para ampliar







Aos poucos, árvores de natal e bonecos de Papai Noel tomaram o lugar da representação do nascimento de Jesus em várias residências de nossa cidade.















A casa da Professora Antonieta, esposa de Raimundinho Lima, fica situada à rua Otávio Mangabeira, próximo ao açude velho.



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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Há Exatos 50 Anos!


Fonte: Revista Vida Brasil

Celso Mathias e Elias da Maria Senhora (1961 e 2011) no mesmo local


>>>Clique na imagem para ampliar







É interessante observar como a sede do poder se desloca pelas ruas dessa cidade outrora bucólica, hoje com ares de cidade de médio porte. Embora a ideia seja fixar o olhar nos últimos cinquenta anos de política e costumes em Euclides da Cunha, vamos um pouco mais distante encontrar ali pelos anos 20, o poder se dividindo entre a Praça Duque de Caxias onde morava o intendente Major Antonino e Praça da Igreja que abrigava o casarão do intendente Capitão Dantas, adversário do primeiro.




Depois o poder se deslocou para a Rua de Cima, hoje Rua Joaquim Santana Lima, onde viveu e morreu o próprio em uma elegante casa hoje ocupada pelos seus filhos mais jovens. Na mesma rua morava Luís Caldeirão que foi influente fazendeiro e Delegado de Polícia. Na primeira casa da afamada rua, já na divisa com a Praça Duque de Caxias, no resistente casarão hoje centenário onde vive a Professora Railda, morava seu destemido pai Joaquim Matias de Almeida. Fazendeiro, comerciante e por quase duas dezenas de anos; Delegado de Polícia.



E a sede do poder continuou sua migração dividindo-se entre os anos 40 e 60 com a Avenida Rui Barbosa e a Avenida Otávio Mangabeira (Rua dos Ricos), representadas respectivamente pelo astucioso José Camerino de Abreu, prefeito por duas legislaturas e Antonio Batista de Carvalho, o habilidoso Vaqueiro do Canché, três vezes prefeito.







Vereadores até meados dos anos 80 não recebiam qualquer remuneração, ajuda de custo, cota de telefone ou gasolina. Uma lei que isentava o parlamentar de pagar a conta residencial de energia elétrica chegou a ser furiosamente rejeitada por alguns vereadores, entre eles, Jaime Amorim da Silva, orgulho de amigos e familiares.

Com raras e “desonrosas” exceções, os ricos da época não aplicavam golpes em financeiras, não compravam cargas roubadas, não grilavam terras, não enriqueciam cultivando e/ou transportando maconha para o sul do país, adulterando combustíveis ou fazendo agiotagem pesada. Um ou outro emprestava um dinheirinho a taxas menores que as dos bancos. Isso há 50 anos...



Vamos continuar sobrevoando a cidade a partir do ponto onde foi feita a foto com aqueles dois meninos de 12 anos. O Elias é filho da Maria Senhora e do Elias, então prospero negociante de sisal. A Maria Senhora, batalhadora, cozinheira e doceira maravilhosa, foi dona do melhor bar que a cidade já teve. “Bar Rejane”, nome que homenageava a filha caçula. Hoje está instalada ali, a Monte Santo Esportes. Nas outras três esquinas da avenida onde fizemos a foto, a Ruy Barbosa, estavam a loja de tecidos do Zeca Dantas, hoje Real Calçados, a casa da família Macedo, hoje uma Farmácia e a Venda de Neluzinho, hoje Aliança Calçados.

“Um homem só atravessa o mesmo rio uma vez. Na próxima travessia, nem o homem nem o rio serão mais os mesmos”. Por tanto, não somos mais os mesmos, nem nós, nem a avenida, nem os costumes até a arvore onde nos apoiamos não é mais a mesma. A original foi derrubada por um caminhão desgovernado.

O meu alento, é que aqueles meninos inocentes que ocupavam aqueles corpos leves e juvenis, continuam vivos em alguma parte das nossas não mais tão leves consciências. O sofrimento, cada um na sua esfera, nos temperou como o fogo tempera o aço. Perdemos, pais, irmãos, esperanças, mulheres, dinheiro... Uma coisa com certeza não perdemos, pelo contrário, fortalecemos; a dignidade.


Por Celso Mathias

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