quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Segunda e Terceira Legislatura Municipal de Euclides da Cunha


Segunda Legislatura - Câmara Municipal de Euclides da Cunha - 1951

Observação: A primeira legislatura NÃO funcionou por motivos inexplicáveis.

Para ver nossos primeiros vereadores clique AQUI
Negrito



Terceira Legislatura
Câmara Municipal de Euclides da Cunha - 1955




A partir de 1955 foi a Câmara integrada por onze vereadores













Fonte/livro: No Sertão do Conselheiro - José Aras

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Raimundo Dantas Lima - Biografia

Fonte: www.verdadeeaprova.com.br

Nasceu em 1927, no arraial do Cumbe, hoje cidade de Euclides da Cunha-Ba, cursou o 2º ano normal no Instituto de Ponte Nova, no município de Itacira-Ba (atualmente Wagner), Micro Região da Chapada Diamantina Meridional; transferindo-se para concluir o curso em Salvador, inscrevendo-se concomitantemente em concursos para Escrivão de Coletoria Estadual e Agente de Estatística. Aprovado em ambos, optou pelo primeiro, desistindo de continuar os estudos, sendo nomeado e designado para início de carreira, como Escrivão de Coletoria, no interior do Estado. Eleito vereador nas eleições de 1950, em seu município, exerceu o mandato por 5 legislaturas, ocupando a Presidência da Câmara, por quase 10 anos.

Aposentado, no cargo de Auditor Fiscal do Estado, em 1983, escolhendo como hobby, o aproveitamento de peças de engrenagens usadas, encontradas nos depósitos de " ferro velho" de sua cidade, transformando-as em marombas, excelentes na fabricação de telha, lajota e bloco cerâmicos; reformando, inclusive, máquinas forrageiras (sem uso, sim,) estragadas pela ferrugem, adquiridas de fazendeiros, que por sua vez, obtiveram de empréstimos para investimento rural, mal planejado, e muito mais, por ignorar completamente o
uso dessas maquinas, tecnicamente fabricadas, muito comum no mercado, tão simples, de fácil manejo e de resultado satisfatório, quando acionadas por pessoas (principalmente ruralistas), adredemente instruídas, capacitadas, portanto, a desenvolver o potencial extraordinário de produzir alimentação para toda espécie de gado da região (repovoando-a); aproveitando tudo de bom que a natureza pródiga oferece neste sertão generoso, benção de DEUS.

Diante disso, e como um bom observador, concebe a base sólida para elaborar o "Projeto Formiga" e a epístola ao Brasil " O Sertão é Viável", e que afastados o preconceito e a interferência retrógrada dos pseudos técnicos, responsáveis pelo encaminhamento de proposta de investimento rural, aos agentes financeiros, na certeza de que, para a emancipação do Nordeste, bastaria, fosse colocado frente ao nordestino, um técnico, sim; aquele que conhece, ausculta, pesquisa, investiga, examina, pondera, instrui, observando, mais ainda, quão grandioso é o Sertão e que o sertanejo, também, criado por DEUS como todos os seres humanos "simples e ignorante", perfectível, inteligente, capaz, observador, criativo, fiel, corajoso, intrépido, solícito, obediente, com certeza, alcançará plenitude neste sertão maravilhoso, obra de DEUS, dádiva dos Céus, para o sertanejo nele viver muitíssimo feliz.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Legislatura - 1959 a 1977 - Euclides da Cunha - Bahia

Quarta a oitava Legislatura - 1959 a 1977

Vereadores (1959/1962)
Antonio Batista de Carvalho
José Camerindo de Abreu
Teófilo Dantas da Silva
Izaias Ferreira Canario
Cecílio Demétrio dos Santos
Raimundo Dantas Lima
José Dantas Lima
Antonio Nogueira Coutinho
Enock Canário de Araujo

Legislatura - 1963/1967
José Camerindo de Abreu
Teófilo Paiva Guimarães
Aloísio Batista de Carvalho
Cecílio Demétrio dos Santos
Antenor Dantas de Andrade
Anfilófio Dantas de Santana
Jaime Amorm da Silva
Raimundo Dantas Lima
Cosme Matias de Araujo
Joel Canário de Araujo
Enock Canário de Araujo

A sexta Legislatura (1967/1970)

Raimundo Dantas Lima
José Dantas Lima
Jaime Amorim da Silva
Jaime Ferreira de Abreu
Enock Canário de Araujo
Custódio Sabino da Costa
Antenor Dantas de Andrade
Cosme Matias de Araujo
José Dantas de Abreu
José Camerindo de Abreu
Pedro Agres de Carvalho

A legislatura iniciada em 1971, para participar do processo até 1973 foi:

Antonio Batista de Carvalho
Teófilo Dantas da Silva
Walther Ferreira de Macedo
Juviniano Gomes dos Santos
Antonio Geraldo Campos
Joaquim José de Santana
Antonio Vieira Neto
Jaime Amorim da Silva
José Renato de Abreu Campos
Otaviano Silva Oliveira
Custódio Sabino da Costa
Enock Canário de Araujo
José Dantas de Abreu

1973 / 1976
Jaime Amorim da Silva (Presidente),
Ranulfo de Abreu Campos (Vice-Presidente)
Antonio Vieira Neto (1º Secretário)
Evaristo Manoel da Costa (2º Secretário)
Isaias V. de Almeida (Vereador)
José A da Silva (Vereador)

Thomé Pereira Alves (Vereador)
Antonio Batista de Carvalho (Vereador)
Juviniano Gomes dos Santos (Vereador)
João Ribeiro Gama (Vereador)
José Ferreira de Brito (Vereador)
João Carlos de Souza (Vereador)
Walter Macedo (Vereador)

>> Para conhecer nossos primeiros vereadores clique AQUI

>> Para conhecer a segunda e terceira legislatura clique AQUI

Fonte: No Sertão do Conselheiro - José Aras (Houve algumas correções nas datas)

Avenida Ruy Barbosa

Quando antigamente caia uma chuva forte na Ruy Barbosa, da sua janela cada cidadão inspecionava por si o que se lançava nas enxurradas de lama e buracos no centro da cidade. Poucos saiam para evitar o meleiro. Após a estiagem despejavam-se areia e cascalho para a restauração da mesma. A maioria dos prédios era residência. Os euclidenses passeavam aos domingos com suas famílias entre a Praça da Igreja e Avenida Ruy Barbosa.



Em 1954 deu-se início as obras do calçamento no governo do então prefeito José Camerindo de Abreu. O calçamento era considerado uma das obras prioritárias do prefeito.
Os paralelepípedos quando começaram a chegar em caminhões carregados, a população se deslumbrava e, até de alguma forma, procurava ajudar contente, colocando as pedras ao chão.
Logo, depois de pronto foi uma festa! A comunidade ao invés de

passear aos domingos como era de costume, passaram a caminhar todos os dias para cima e para baixo, esquecendo até de passear pela a Rua da Igreja.
Judival Araujo (Nego da Marinha) me contou que as crianças da sua época chamavam as outras para brincar na Rua do Calçamento, pois, era a única rua calçada da cidade. A Avenida Ruy Barbosa ficou por muito tempo conhecida como Rua do Calçamento.






Ao lado, Avenida Ruy Barbosa até junho de 2010







03 de julho de 2010 - Inicio das obras para um novo visual - Pavimentação
















Na foto ao lado (na seta): Elias da Maria Senhora fez questão de ser o primeiro a pisar no asfalto ainda quente com seu afilhado Napoleão nos braços. "Uma pequena pisada para o homem é mais um grande salto para o progresso" Comentou Elias








A pavimentação asfáltica da Avenida Ruy Barbosa foi entregue em 19 de setembro de 2010







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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Padre Pedro Monteiro Campos - Biografia

Foto/colaboração: Marli Lima França


Prof. Monsenhor Pedro Monteiro Campos

Nasceu em Santo Antonio da Glória – BA, em 25.01.31. Fez seus primeiros estudos no Seminário São José, na cidade de Senhor do Bonfim – Ba. Concluiu com grande brilhantismo os cursos de Filosofia e Teologia no Seminário Central em Salvador – Bahia, tendo sido ordenado Sacerdote em 1956 em cerimônia oficializada pelo Dom Frei Henrique Coolaand Trindade, então Bispo de Botucatú – São Paulo.
Em toda sua carreira estudantil, foi destacado sempre, como o 1º aluno da classe. Iniciou sua vida sacerdotal na Paróquia de Senhor do Bonfim, acumulando os cargos de Capelão do colégio das sacramentinas e vigário de Jaguarari.


Em 1958 foi transferido para Euclides da Cunha vindo dirigir a comunidade católica da cidade, estendendo sua administração pelos municípios de Abaré, Chorrochó e Macururé. De início o Pe Pedro restaurou a Igreja Matriz, com a ajuda dos paroquianos. Tornado-a no maior templo e um dos mais importantes da região.
Em 1963 foi fundado o Educandário Oliveira Brito, sendo o prefeito na época Antonio Batista de Carvalho, veio ele a exercer o Magistério lecionando algumas disciplinas como: Portugues, Literatura, Filosofia, etc, com muita sapiência, até às vésperas do seu desenlace.
Em 1965, devido às suas qualidades foi promovido a Camareiro de Sua Santidade, recebendo o título de MONSENHOR.
Em 1973, obteve licença da Santa Sé, para afastar-se do Sacerdócio, para contrair matrimônio com a Senhora Maria das Graças Peixinho, de cuja união nasceu seu único herdeiro Handerson Peixinho Monteiro.
No dia 01.12.75 passou a integrar a Loja Maçônica Acácia Nordestina, embora por breves 180 dias, pois veio a falecer no dia 30.06.76, deixando uma grande lacuna como religioso, professor a ser humano – PEDROCA, como era chamado pelos seus alunos.
Anos depois seu colega amigo e admirador, Prof. Dr. Ruy Marques da Silva, criava o Centro Cívico em sua homenagem, o qual funcionou por alguns anos no E. O. Brito, sendo regimento interno aprovado pelo Parecer n. 60/85, em sessão de 02.04.85 do COMOCI – BA, tendo se tornado de Utilidade Pública pela Lei 5.098 – Diário Oficial da Bahia de 29.06.89. Anos depois com a criação do Conselho do Educandário O Brito, o Centro Cívico foi tornado uma Associação sem fins lucrativos, colaborando nos mais diferentes setores da comunidade, principalmente na saúde e educação
Por Prof. Dr. Ruy Marques da Silva – Presidente Orientador do Centro Cívico

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Festa de Encerramento da 8a Série - EOB - 1975

Foto/contribuição: Iomar Canário (Canário de Canudos)

Foto na Quadra de Esportes do Educandário Oliveira Brito

Antigamente no Brasil, as crianças de 10, 11 anos de idade, sofriam o que hoje sofrem marmanjos de 18 a 20 anos. Havia um exame para se entrar no curso Ginasial, prestado logo após o curso Primário. Quem não passasse, teria que cursar um ano de Admissão. Eram os tempos do Jardim, Primário, Ginasial, Colegial e Superior.

O ensino era dividido assim: Jardim de Infância, dos 5 aos 6 anos de idade; Grupo Escolar, dos 7 aos 10 anos; Ginasial, dos 11 aos 14 anos. Depois vinham em Euclides da Cunha, Magistério e Técnico em Contabilidade, período de 3 anos.
A prova de admissão, eram provas escritas e orais de Português, Geografia, Aritmética, História do Brasil, História Geral e Ciências. Para se ter uma ideia, o livro de Admissão tinha 414 páginas!


Entre as pessoas na foto acima estão:
No alto: Carlos Moreira, Evanice Abreu, Ariel Araujo, Tamburil, Ada Carvalho, Pedro Ariovaldo (Ribeirinho), Rosamar, Eridam Rehem, Marcone Abreu, Jaime Abreu

Ao meio: Professor Silas, Prof Severino Melo, Professora Rosinha Rocha, Professora Arleide Miranda, Hidelmário Lima, Jezuim (mágico), José Raimundo (Zezão), Toinho de Chiquinho, Wilton Canário, Paulinho do Afonso, Professora Dra Adalgisa Aras, Professora Eliete Moura, Jorginho Moreira, Professora Almira Canário, Valmir da Romana, Edésio Lima, Iomar Canário, Edilson Matos

Agachados: João lima, Maria Eunice, Edleusa Canário, Rita Lopes, Maria José Carvalho, Maria Anunciada, Vanda de Dema, Mirandi Leadro, Socorro Pires, Celeste Abreu, Rita Abreu

Sentados: Rita Canário, Danúsia da Zizinha, Ruth Abreu Campos, Fani de Machadinho, Sineide de Oscarzão, Wilson da Bemben

Iomar Canário, Valmir da Romana e Edilson Matos foram os artistas convidados para animar a festa


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Entre eles, abaixo, estão:

Edilson (violão), Iomar Canário, Valmir da Romana, Crisoston, João Lima, Edésio Lima e Francisquinho.






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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Primavera - 1966

Foto/contribuição: José Balbino Santos


Em 21 de setembro de 1966, deu-se início os festejos de primavera no Educandário Oliveira Brito.
Foi armado um palanque debaixo da mangueira para discursos de boas vindas da primavera regado de muita música e apresentações culturais.

Da esquerda para direira: Professor Teófilo Paiva Guimarães, Aloísio Batista, Antonio Batista de Carvalho (Prefeito), José Balbino (Balbino do Baneb), Juviniano Gomes dos Santos, Osvaldo Dantas e, bem a direita, José Augusto de Lima Campos (Zezito Lima) operando o som para os festejos.

Logo atrás nota-se a construção da Quadra de Esportes
Em 1972, essa mangueira foi sacrificada para a construção de mais um pavilhão.

O primeiro pavilhão foi inaugurado em 1964 na gestão do então prefeito Antonio Batista de Carvalho. O segundo, Pavilhão Elza Canário, teve sua inauguração em 1973 na gestão de Enoque Canário.


Primavera É uma das quatro estações do ano. Época em que ocorre o florescimento de várias espécies de plantas. Portanto, é um período em que a natureza fica bela, presenteando o ser humano com flores coloridas e perfumadas. A função deste florescimento é o início da época de reprodução de muitas espécies de árvores e plantas.

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Em breve matéria completa do Educandário Oliveira Brito

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quadrilha de São João - Turma - 1964

Foto/contribuição: Fernando Moura


Turma que disputou o primeiro lugar no concurso de quadrilhas de São João em 1964.
O concurso foi no Night Club (Naite), que era situado na Avenida Ruy Barbosa (hoje, no local, funciona a loja Móveis Quirino).
Apesar dessa turma não obter o resultado desejado, todos desceram animados à Avenida Ruy Barbosa, cantando e brincando o forró até o prédio onde funciona hoje o Posto Central para uma foto. Depois, a festa foi contagiante, festa total em toda a avenida.

Atrás do prédio nota-se mais uma etapa de calçamento da Avenida Almerindo Rehem.

Entre as pessoas estão: Aidê, Bazé, Lucia Moura (sentadinha), Regina de Raimundo Tomás (ao lado da cadeirinha), Wilton de Oscarzão, Fernando Moura, Celso Amorim, Ivan Bastos, Geraldo de Aurino Dentista, Zé Leres, Zé Carlos de Zé de Bia, Renilson Campos, Zé Balbino (de chapéu acima) , Aderno Campos e Euzinho.

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Emancipação de Euclides da Cunha - Bahia



A Emancipação de Euclides da Cunha
Decreto Estadual 8642 de 19.9.1933
Consumado 10.10.1933


Bem vindos sejam queridos amigos visitantes
Que conosco vieram a nossa emancipação comemorar
Agradecemos de todo coração e muito contentes
Convidamos a todos para de nossa festa participar

Os dobrados da banda soam alto e pra rachar
Fazendo nossas lindas crianças, com isso se alegrarem
Os estudantes marchando garbosamente, fazem o povo vibrar
Aplausos, comentários e gritos ecoam quase sem parar para regozijarem

Há 77 anos éramos um simples distrito
Do Monte Santo querido, hoje nosso irmão distinto
Que conosco sempre manteve laços cordiais
E esperamos que sejam para sempre fraternais

Do mesmo modo que de Monte Santo, nós separamos
Hoje dizemos com certo prazer, que canudos libertamos
Para que ele pudesse ser município, porém amigo fraterno
Que por certo conosco sempre manterá laços muito ternos

Há pouco ao norte, tínhamos um bom vizinho
Que conosco sempre manteve muito afeto e carinho
Estou falando de Chorrochó, terra boa e hospitaleira
Que sempre nos honrou com sua gente altaneira

Ao nordeste outrora, tínhamos, um vizinho de grande fama
Falo de Jeremoabo, torrão de filhos de minha gana
Que conviveram conosco, guardando muito respeito
E esperamos guardá-los eternamente dentro do peito

Outrora, ao Nordeste com Uauá, nos limitamos
E confessamos a todos quanto a esses vizinhos amávamos
Talvez seja por isso, que a amizade sempre foi total
E que eles tenham Euclides, como segundo berço natal

Quijingue, Cícero Dantas e Antas continuam amigos prá frente
Vizinhos cordiais e fraternos, sempre ao lado da gente
Que DEUS permita que isso tudo permaneça para sempre
E a paz perdure entre nós e aquela boa gente

Salve 19 de setembro nossa data maior
Comemoramos com brilho e muito fervor
Porque isso foi conseguido com muita luta e ardor
Que DEUS e Nossa Sra da Conceição nos abençoe e nos dêem sempre muito amor

Euclides da Cunha – Bahia, Brasil 19.09.2010
Centro Cívico Prof. Mons. Pedro Monteiro Campos
Prof. Dr. Ruy Marques da Silva – Presidente e Orientado
r

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Requerimento 1958

Contribuição: Joilton Abreu

O requerimento ao lado solicita ao prefeito Antonio Batista de Ca
rvalho a ligação da rede da encanação da água de Caimbé ao Café Society

O Café Society era situado onde hoje funciona o Bar Miranda

Transcrição:

Exmo. Sr Prefeito Municipal de Euclides da Cunha

José Augusto de Lima Campos, proprietário do Café Society, requer licença para fazer a ligação da rêde de canalização da água do Caimbé à casa referida e declara que será encarregado do serviço o Sr. Farias.
P. deferimento.
Euclides da Cunha, 6 de janeiro de 1958


Abaixo, comentário por Celso Mathias publicado na Revista Vida Brasil em julho de 2008

"No Café Society, enquanto mastigava caramelos de café com leite, assistia a meu pai ingerir sua dosinha de Jurubeba para forrar o estômago antes da Brahma gelada. Olhava para o outro lado da Avenida e enxergava o espetacular Hotel Lua, para mim, um dos lugares mais importantes da cidade, pois, lá, eu sentia a conexão com o mundo, através dos seus ilustres hóspedes: os viajantes. Lá, também morava Zeca Dantas que, vez por outra, atravessava a avenida e vinha até o Café Society beber cerveja, abrir o sorriso largo e a gargalhada estridente brindando com o não menos ilustre, o sobrinho Nelson Bastos. Zeca Dantas se foi aos quase 100 anos. Também longevo, Nelson, aos 93, ainda passeia espigado pelas manhãs euclidenses.
Mas não era só o Hotel Lua que fazia a minha conexão com o mundo. Zezito, também! Com seu automóvel, seu serviço de alto-falantes e seu “Night Club”. Isso mesmo, além do Café Society, ele era dono de um legítimo Night Club em Euclides da Cunha nos anos 60,carinhosamente chamado de “Naiti”. Para completar, fundou o cinema que, em seguida, venderia para Jonas Abreu.

Jonas Abreu viveu e morreu para o cinema, para a família e para os amigos, não necessariamente nessa ordem. Foi no cinema dele, que assisti a um clássico do cinema mundial, Hiroshima Mon Amour, do cineasta Francês Alain Resnais. Era na casa dele que todos íamos, às tardes de domingo, ouvir, na moderníssima radiola Zilomag, o som de Miguel Aceves Mejia, Bienvenido Granda e os sucessos do momento com a turma da Jovem Guarda"


Foto/fonte: Euclides da Cunha (orkut)


Ao lado a bilheteria do Cine Maria da Graça de propriedade do Sr Jonas Lívio de Abreu.
O nosso cinema era situado na Avenida Ruy Barbosa, 64. Hoje, no local, funciona a loja Get Mark

Em pé da direita para esquerda: Rubenilson Campos e Adilson Bastos
Sentadas: Belonice Campos e Ione Dantas com Nadja (a criança)






Na foto ao lado do desfile de 1984, você verá a localização de cada prédio abaixo citados:
A seta amarela ficava o Café Society, a seta preta indica o Cine Maria da Graça, a seta azul indica onde funcionou o Baneb (Banco do Estado da Bahia) em 1965 e, as setas na cor vermelha funcionou nos dois locais o SAFP (Serviço de Alto-Falante Popular). Para saber mais sobre o SAFP clique AQUI

Clique na imagem para ampliar


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domingo, 12 de setembro de 2010

José Aras - Biografia

Contribuição: Leuza Bonfim


José Soares Ferreira Aras nasceu aos 28 de julho de 1893 no Sítio Lagoa da Ilha, Cumbe, (hoje Euclides da Cunha), município de Monte Santo, freguesia da Santíssima Trindade de Massacará, e faleceu em Euclides da Cunha, a 18 de outubro de 1979. Foram seus pais José Raimundo Soares e Joana Maria do Espírito Santo.

Aos 06 anos de idade compôs os seus versos, a caminho da feirinha de Cumbe.
Foi autodidata, poeta, repentista, crítico dos costumes em sua terra, pesquisador, prosador e o primeiro a contar em versos de cordel e em prosa a história da guerra de Canudos, na visão dos sertanejos, conforme registrou o prof. José Calasans Brandão da Silva, que foi seu hóspede em Bendegó.
Tinha inteligência, memória e sensibilidade telepática impressionante.
Embrenhava-se pelos sertões do nordeste brasileiro chegando a indicar mais de cinco mil fontes. Previa, com incrível exatidão, o veio de água, a profundidade, o tipo de solo ou formação granítica e a qualidade da água.
Previu a existência do grande lençol de água do Jorro e a construção da barragem de Cocorobó, além de outros fatos.
Em 1948, desbravou a caatinga, no cruzamento das estradas transnordestina e transversal, próximo ao local da guerra, fundando, ali o povoamento de Bendegó.
Tendo feito o Censo na região do conflito, em 1920, iniciou a coleção de material bélico usado pelo exército e pelo conselheiristas, criando e instalando no vilarejo o Museu Histórico da Guerra de Canudos, visitado e elogiado por personagens ilustres e estudiosos do Brasil e do exterior.
Foi o idealizador da mudança do nome de sua terra Cumbe para Euclides da Cunha, por Decreto do então interventor Landulpho Alves.


Sua produção literária é vasta. Dentre dezenas de livros de poesia e de história publicados, ressalta “Sangue de Irmãos”, que foi consulta permanente para o grande escritor peruano Vargas Llosam, José Calasans, Clodoaldo G. da Costa e outros historiadores pátrios. Em prosa, publicou ainda “Lampião, terror do nordeste”, “Um piolho na orelha de um lobo”, “A pedra do Bendegó”, “Máximas poéticas” e, recentemente “No sertão do conselheiro”. Na literatura de cordel, escreveu “Guerra no sertão de Canudos”, “A vida de João Calêncio”, “A panela da política e a câmara dos Deputados”, “Uma páscoa em Monte Santo” etc.
Grande estudioso da história da Bahia, deixou pesquisas e avaliações sobre a conquista dos sertões, pelas entradas de Belchior e Robério Dias, sobre o meteorito do Bendegó, a luta de jagunços e coronéis, Lampião, Revoltosos e aprofundado estudo sobre Canudos, seus defensores e sua problemática.

Sua poesia popular ironisa os costumes e os políticos do início do século, canta as belezas e as riquezas da Bahia e do Brasil, as festas populares, as comunidades baianas e reflete a angústia e a alegria do sertanejo.
Como autodidata e pesquisador no campo da Hidrologia, fez o maior levantamento dos recursos hídricos do subsolo do nordeste da Bahia, ajudando as populações sertanejas e localizarem, nas secas da década de 40, mas de 5.000 mananciais de água subterrânea. Publicou, para ajudar na descoberta de águas, o livro “Como descobrir Cacimbas”, que foi e é fonte de pesquisa em escolas de nível superior.

Por ocasião da 1ª Semana da Cultura de Euclides da Cunha em 1972 compôs o Hino.
Preocupado com as riquezas arqueológicas do Estado e com a memória nacional, organizou o único museu do interior, reunindo fósseis e todo o tipo de armas usadas na guerra de Canudos.
Depois de criar comunidades pelo interior da Bahia (Poço de Fora e Bendegó), incorporou-se a partir de 1950 à vida de Feira de Santana, aqui residindo com seus familiares, até 1958, quando faleceu sua esposa D. Maria Benevides Aras, regressando à sua terra natal.

Foi destaque nos jornais “O Globo”, “O Estado de São Paulo”, “A Tarde”, “O Farol”, e outros do Ceará e Maranhão, além das Revistas “Veja”, “Íris”, “Revista Brasiliense”, etc. Participou do filme de Ypojuca Pontes “Guerra de Canudos” e outros.
Recebeu títulos de cidadania, diplomas e medalhas de órgãos públicos.
No seu centenário de nascimento, foi homenageado em sua terra, sendo lembrado no congresso Nacional pelo Deputado Sérgio Tourinho Dantas.

Por Profª Dra Lina Aras

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Porta-título de Eleitor - 1958

Contribuição: Dona Alzira Victor e Brás Victor

Porta-título de Eleitor usado na campanha para prefeito de Euclides da Cunha de 1958
Bernardino Menezes do partido UDN (União Democrática Nacional) disputou com José Bezerra Neto (Zuza Bezerra) e não obteve sucesso.
Zuza Bezerra assumiu a cadeira de prefeito em 1959 a 1962

Para governador foi eleito Juracy Magalhães.

O Titulo Eleitor é um documento que diz que uma pessoa está inscrita na Justiça Eleitoral e está apta a exercer o eleitorado ativo, que significa que o cidadão tem condições de votar num candidato em eleições municipais, estaduais e federais.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Receita Médica - 1955

Contribuição: Brás Victor



Receita Médica de Dr Antonio Nogueira Coutinho (Médico Geral - Clínico Geral)
Ex-Interno da Maternidade de Pró-Matre e do Hospital de Pronto Socorro - Euclides da Cunha - BA

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Dr Coutinho foi Clínico Geral / Médico Geral em nossa cidade por quase duas décadas.
Clínico Geral é uma especialidade médica como outra qualquer. Tem como objetivo principal promover a saúde de uma determinada população e de curar também.
Vê doentes de todas as idades desde o nascimento até à velhice,
faz consultas para grávidas e acompanha-as até ao parto, e trata todas as patologias dos seus doentes. Tem competência para isso, no entanto e como médicos que são, têm que ter a consciência que quando o tratamento é mais complicado deve enviar o doente a um colega ou mais experiente ou mesmo a um Especialista nessa patologia. Como a especialidade chama-se Medicina Geral e Familiar,também acompanha Famílias que apresentem disfunções pelo que os distingue de todas as outras Especialidades Médicas. São extremamente úteis nas Urgências Hospitalares
Para além de promoverem a saúde, previnem e tratam os que estão já doentes.





Ao lado a paciente, na época com 38 anos, Dona Alzira Victor da Paz que até hoje com 93 anos guarda esta receita de seu médico familiar Dr Coutinho