Foto do bando de Lampião cedida pelo Bel. Hildebrando Siqueira
O bando de Lampião
atuou primeiramente e durante muitos anos nos estados de Sergipe,
Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Após grande
cêrco e grande perseguição das policias de todos estes estados em conjunto, muito cansado e necessitando de uma parada para
restabelecimento e reorganização, em 28 de SETEMBRO de 1928, resolveu atravessar o Rio São Francisco e se internar na
Bahia, onde desapareceu na
caatinga durante 3 meses, não havendo notícias de qualquer espécie do bando de Lampião durante todo esse período. No dia 28 de DEZEMBRO de 1928, Ioiô da Professora, filho da professora
Erotildes e Zé
Dantas, primos, então com 20 anos de idade estavam na esquina do local onde hoje está situado o Hotel Lua, quando viram algo estranho, brilhando de forma intensa sob o sol inclemente do meio dia em ponto; eram cavaleiros montados, que se aproximavam trotando, vindos da
atual Rua Major
Antonino, no sentido do hotel lua e o brilho notado por Ioiô e Zé
Dantas seria identificado mais tarde para espanto dos dois, como libras esterlinas, (moeda inglesa) cravejadas nas armas e nos chapéus dos Cangaceiros precisamente no antigo
Cumbe em 28 de DEZEMBRO de 1928. Lampião parou
exatamente diante dos dois, disse-lhes que era LAMPIÃO e perguntou a Ioiô da Professora onde era a casa do delegado. Na época o delegado era
Luiz Caldeirão com quem queria conversar e dizer que vinha em paz. Ioiô e Zé
Dantas acompanharam Lampião até a casa do delegado
Luiz Caldeirão e ouviram toda a conversa. Depois, o delegado encaminhou Lampião à residência colonial do Capitão
Dantas na praça da Igreja.
Ali, após um
almoço que lhe foi preparado, Lampião perguntou a Ioiô da Professora, então com 20 anos, se ele sabia ler e se tinha algum jornal; Ioiô informou que sim, que tinha um jornal que falava do Capitão
Virgulino. Lampião pediu que Ioiô fosse buscar o jornal e fizesse a leitura para ele. Ioiô leu o jornal dando as notícias da Capital da
Bahia de quê "NÃO SE SABE DO PARADEIRO DE LAMPIÃO" e, "QUE TUDO INDICA QUE LAMPIÃO ESTÁ MORTO". À medida que Ioiô lia o jornal, LAMPIÃO balançava a cabeça em aprovação e dizia: - "APOIADO" "APOIADO" Na verdade Lampião estava no
Cumbe e vivo
. Morreu em 1938 na fazenda Angico em Poço Redondo, Sergipe.
Fonte: Hildebrando Siqueira por depoimento de seu tio Ioiô da Professora e Zé Dantas
Foto: Reprodução cedida por Hildebrando Siqueira
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Francisco da Silva Dantas (Capitão Dantas)
João Siqueira Santos (Ioiô da Professora)
José Dantas (Zé Dantas)
Hotel Lua