sábado, 3 de outubro de 2015

História da Igreja Nossa Senhora da Conceição - Euclides da Cunha - BA

Raríssima Carta Paroquial de 1945, para a construção da Igreja  presenteada ao nosso Museu do Cumbe pelo Professor Antônio Mathias

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Transcrição:

"Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós.

Exmo. Srs.

EM NOME DE NOSSA SENHORA, a nossa celestial Padroeira, a Imaculada Conceição do Cumbe, vos convidamos para a primeira reunião solene da PAROQUIA TODA DE CUMBE, a se realizar no DOMINGO DE RAMOS, 25 DE MARÇO, nesta Cidade, afim de tratarmos da Construção da Igreja da nossa Padroeira.
A Santíssima Virgem, NOSSA SENHORA DO CUMBE, TEM A CERTEZA DE QUE TUDO FAREIS PARA ATENDER A ESTE SEU CONVITE, e por isto, desde agora, vos abençoa, em nome do Padre, do Seu Filho Jesus, e do Espírito Santo.

Antiga Igreja Matriz de Cumbe


Euclides da Cunha, (Cumbe) 11 de fevereiro de 1945.

A COMISSÃO
Padre Renato Mendonça, Vigário
José Camerino de Abreu, Prefeito
Dr Silvano Neves da Silva, Pretor
Dr Silvano Maia Bitencourt, Médico
Antonio da Sulva Dantas, Coletor
Sargento José de Santana, Delegado
Francisco da Silva Dantas
Luis Santana Lima
Joaquim Santana Lima
Belarmino Augusto de Campos
Apolinário Manoel dos Santos
Joaquim Matias de Almeida
Fulgêncio de Carvalho Abreu
Joaquim de Carvalho Abreu
Tiago Ferreira de Carvalho
Jorge de Oliveira Souza

Luiz Ferreira do Nascimento
Benjamim Batista de Macedo
Manoel do Conselho Campos
João Macedo Primo
Apromiano Alves de Campos
José da Silva Dantas
Domingo Siqueira Santos
Marinho Gomes dos Santos
Leonel Alves Cerqueira
Isaias Primo
José Lopes Moura
José Bizerra Neto
Edson Lima Santos
Luiz Lima Santos
Joaquim Silva Dantas
Edmundo Esteves de Abreu

Manoel Batista de Abreu
João da Silva Dantas
Pedro Bispo dos Santos
Manoel Araujo Matos
Sebastião Lima Santos
José Lima Santos
José Santos Lima
Nelson Bastos
José Augusto de Lima Campos
Henrique Pereira Alves
José Siqueira Santos
Jesé Lima Campos
João Augusto Costa
Octacílio Lima
Demetrio Otaviano dos Santos
Prof. Alberto Ferreira da Abreu

Teófilo Paiva Guimarães
Raimundo Tomaz de Aquino
Hermeto Lívio de Abreu
José Vanderley de Aquino
Potâmio Batista Macedo
Jerônimo Ferreira de Abreu
Antonio Dias Guimarães
Francisco Dantas Fonseca
Fenelon Augusto da Silva
Ubaldino Ferreira de Abreu
Pedro de Souza Reis
Joaquim Paranhos de Abreu
Eliseu Lívio de Abreu
Silvino de Carvalho Abreu
Tito Lívio de Abreu
Pedro Agres de Carvalho"



HISTORIA DA IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – EUCLIDES DA CUNHA - BAHIA

Com o objetivo de angariar fundos para a construção da nova igreja Nossa Senhora da Conceição o Padre Renato, em 1945, convidou formalmente por Carta Paroquial, as pessoas que se disponibilizaram a doar dinheiro na campanha da grande obra a ser realizada.
Foi um sucesso! Todos convidados deram a sua contribuição, porém, não foi o suficiente para o  grande projeto que tinha em mente o Pe. Renato.
Deu-se inicio, então, o projeto feito por um grande construtor que veio da cidade de Tucano.
Toda a comunidade se comoveu  ajudando da forma que podia: uns, com seus carros e carroças traziam pedras dos povoados, outros traziam areia, barro, cal, etc. Outra multidão, quem não tinha transporte, com sacrifício e prazer, trazia à mão pedra a pedra. “Eu e minhas amigas, mocinhas na época, com fé e determinação, dávamos várias viagens à área próxima ao cemitério para buscar as pedras para obra”, disse D. Mariazinha, esposa de Zezé Lima.

Com o material de bom tamanho foi iniciada a obra. Infelizmente o Pe Renato foi transferido para outra localidade, ficando o sucessor o Pe. Jackson Berenguer Prado (Padre Jackson), que, por sinal, reduziu a planta oficial em 10 metros no comprimento e 10 metros na largura, ou seja, 5 metros em cada lado.
A construção continuava a todo esforço e as missas permaneceram  normalmente na Igrejinha de Cumbe.
A seta indica a localização da  Antiga Igreja. A frente ficava virada para, onde se localiza hoje, o Hotel Central

Padre Jackson chegou até a cobrir a nova igreja, porém não inaugurou. Desenvolveu um importante trabalho de evangelização, empenhando-se na construção da Matriz. Recebeu a Ordem episcopal na Catedral Basílica de Salvador em 3 de agosto de 1958.






Vale a pena registrar: na planta haviam 2 torres para os sinos como mostra a pequena montagem na figura abaixo, onde as mesmas não foram construídas.

Com o novo sucessor, Pe Pedro Monteiro Campos (Padre Pedro), que foi muito bem recebido por toda comunidade,  encontrou a igreja sem recursos para o término da obra.

Começava aí mais uma campanha: uma delas ficou marcada com a criação de uma competição nomeada de “As Pastorinhas” (Pastoril) , na qual competiam com danças e cantos as pastorinhas do Cordão “Azul” e do” Encarnado”

Abaixo, ouça o trecho musical das pastorinhas: (Gravação patrocinada por Dionísio Nóbrega / No vocal: as ex-pastorinhas Maura e Zenaide - Parte falado: Dionísio Nóbrega)





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Assim nasceu nossa Igreja NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.


A primeira missa foi em volta do ano 1964 (Até o momento não temos a data precisa).


Passagens dos Padres e benfeitorias após a inauguração:
>>>Observação: esteremos a disposição de atualizações de outras benfeitorias dos Padres abaixo citados.
Para pedido de atualização deixe um comentário com seu e-mail que entraremos em contato.



Padre Pedro (1963/1973)




















Trabalho de evangelização
Escola Paroquial

Escola de datilografia
Aquisição de bancos, cadeiras e outros móveis.
Professor de português, literatura, e filosofia no Educandário Oliveira Brito









Padre Jaime (1973/2010)











Ordenação: Padre Jaime ao lado do Bispo D Jacksom
















Trabalho de evangelização
Reforma da Igreja
Construção da Nova Casa Paroquial
Conquista de nova praça ao redor da Igreja
Reforma total no altar da Igreja
Construção integral do forro no teto em material resistente e leve (PVC), etc.
Conquista da Rádio Comunitária
Para a melhora de nossa cidade era um crítico feroz de políticos inoperantes com a comunidade.

Padre Laudimar (2010/2013)

Foto: Internet

Apesar de sua breve passagem, fez um belíssimo trabalho:
Empenho na sua missão evangelizadora com missão de reaproximação de parte do rebanho que havia se afastado
Criação de grupos musicais e palco para os mesmos
Aquisição de equipamentos de som de última geração

Reforma total na Casa Paroquial, incluindo equipamentos de segurança eletrônica.
Animação diferenciada nos dias 8 de dezembro com grandes trios elétricos
Limpeza minuciosa de todas as imagens
Uma delas de altíssima importância foi a campanha para a substituição de todo o telhado que nunca tinha passado por reforma, incluindo grande parte das madeiras, pois, as mesmas estavam prestes a desabarem. (ver imagens)


A grande campanha contou com o apoio de comerciantes que participaram em eventos como feijoadas, etc,  para a doação do telhado sofisticado, leve de alumínio com alto custo, e, para isso, teve a colaboração e empenho da nossa Professora Arleide Miranda e colegas no Colégio Elo e da comunidade em geral.









>>>Clique na imagem para ampliar











Padre Oldack (2013/atual)
Foto/fonte: Alnoticias

















Surpreendeu toda a comunidade com seu belíssimo trabalho de evangelização, obras e campanhas.
 Apresentaremos em breve. Fiquem atentos!




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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Emancipação de Euclides da Cunha - Bahia

VOCÊ SABIA QUE o dia 19 de setembro de 1933 é uma data muito importante para Euclides da Cunha, porém, NÃO é o Dia da Emancipação?
O dia 19 de setembro/33 foi o Dia da Restauração.
NOSSA DATA: 11 de junho de 1898
Entenda os detalhes, no vídeo abaixo, pelo historiador Dionísio Nóbrega





Obs: Para se tornar o vídeo mais leve houve diminuição na resolução

Filmagem e edição: Ney Campos


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Mais um CD - Dionísio Nóbrega

"Dedico este CD a três figuras ilustres de Cumbe: Jonas Lívio de Abreu, dono do Cine Maria da Graça, que teve como braço direito a sua esposa Marizete; Edmundo Esteves da Casa da Música, criador da banda The Lunik Son, bandolinista e promotor de grandes festas; Zezito de Belo, fundador do Night Club, do Bar Society e do Serviço de Alto-falante, do qual foi o 1º locutor" comenta Dionísio no seu Sexto CD


Para baixar ou ouvir em seu computador clique AQUI 
Para baixar a capa e as letras musicais clique AQUI
Ouça algumas, abaixo, nesta página

Participação especial: Bandolim (Ney Campos), Violão 7 Cordas (Cinquentinha), Sax: Índio, Vocais (Maura e Zenaide)


01.Saudades do Tempo de Menino (Dionísio Nóbrega)

02.Maringá (Joubert de Carvalho)

03.Assum Preto (Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga)
04.Carinhoso (Pixinguinha/ João de Barro)
05.Chega de Saudade (Jobim / Vinicius de Moraes)
06.Deusa da Minha Rua (Newton Teixeira/Jorge Faraj)
07.Ora Vejam Só (J.B. da Silva “Sinhô”)
08.Oh! Carol (Neil Sedaka/ Howard Greenfield / Vs. brasileira: Fred Jorge)
09.Saudades De Matão (Antógenes Silva / Raul Torres / Jorge Galati)
10.Torturas de Amor (Waldick Soriano)
11.Cucurrucucu Paloma (Tomás Mendez)
12.Paloma Blanca (White Dove)(H. Bouwens /Vs. Brasileira: Rossini Pinto)
13.Perfidia (Alberto Dominguez)
14.La Mia Via (Comme d’habitude) (Thibaut / J.Revaux / C.François / Vs: A. Lo Vecchio)
15.’O Surdato' Nnammurato (A. Califanio / E. Cannio)
16.Tornerai Tornerò (Salerno / Paretti)
17.Emmanuelle(Pierre Bachelet / H. Avy)

18.Et Si Tu N’existais Pas (Cutugno/Pallavicini/Losito/ Delanoe/ Lemesle)
19.Grand Jacques (C'est trop facile) (Jacques Brel)
20.J'attendrai (Olivieri / Vs. Italiana: Rastelli / Vs. francesa: Poterat)

21.And I Love Her (Lennon / McCartney)
22.Hey Jude (Lennon / McCartney)
23.Imagine ( John Lennon)
24.Love Me Tender (Elvis Presley / Vera Matson)
25.Michelle (Lennon / Mc Cartney)
26.Speak Softly Love (Larry Kusik / Nino Rota)


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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Avenida Almerindo Rehem - Antes e depois

Raríssima foto da Avenida Almerindo Rehem em 1957.
Observando os pontos marcados:
Seta 1: Funcionava um hotel de Raimundo Paraibano. Como o próprio apelido diz, Raimundo veio da Paraíba com a família e se instalou em nossa cidade onde administrou um hotel chamado de "New Hotel" (ampliando a foto ainda pode observar o nome pintado na fachada do prédio).

Seta 2: Travessa que dá acesso, hoje, ao escritório de Dr Carlos Aquino e a Rua Oliveira Brito. Na esquina, ao lado direito da seta 2, funcionou a padaria de Raimundo Tomaz.

Seta 3: Bomba de gasolina do "Posto do Ítalo" que era pernambucano.




>>>Avenida Almerindo Rehem 2015 - No mesmo ângulo

Seta 4: Hoje o escritório da Coelba.
Em 1957 era a porteira da roça de Benjamim Batista com o cultivo de banana da terra. Lá ninguém entrava para "tirar uma lasquinha" da fruta sem permissão. As bananas mesmo verdes ficavam parecendo maduras por motivo da forte poeira devido a passagens dos veículos.

Seta 5: Hoje, vizinho da farmácia Santana, funcionou em 1957, o "Hotel Brasil" de Raimundo Cearense. Segundo comentários dos mais velhos, existia, naquela época, várias prostitutas na frente do hotel a espera de viajantes. As moças de família, depois das 18 horas, eram proibidas de passar pela rua pra não ficar "mal faladas"

Na década de 70, já moralizado, passou a ser "Hotel Oriente" de "Tide" Silva, irmão do nosso ex prefeito Atayde.
Até a década de 80, a Avenida Almerindo Rehem era chamada (apelidada) de Rua da Bomba, referindo-se as bombas dos postos de combustíveis.

Informações: Antônio Mathias.
Foto 1957: IBGE
Colaboração: Fani Rehem.


Breve tem mais, aguardem!



sábado, 2 de maio de 2015

Pedro de Almeida e Silva

Alguém sabe quem é Pedro de Almeida e Silva? Eu ajudo: ele nasceu em 26/04/27 em Euclides da Cunha/BA, município que abrange a região onde se deu a matança de Canudos pelo Exército Brasileiro. Nada ainda? Seu pai foi um grande tocador de sanfona de oito baixos, o mestre Aureliano. Não identificou? Ele tem um filho chamado Oswaldo de Almeida e Silva que, segundo Zé Gonzaga, é o maior sanfoneiro do Brasil. Não matou a charada? Vou dar meu último auxílio: esse rapaz Oswaldo Silva é conhecido artisticamente como Oswaldinho do Acordeon. E seu pai, já lhe na veio na mente? Não, pois então fique sabendo que Pedro de Almeida e Silva era o Pedro Sertanejo, infelizmente, falecido em 1996 aos sessenta e nove anos.

Pedro Sertanejo é uma lenda do forró! Menino pobre, chegou da Bahia a São Paulo pra vencer na vida e se tornar um ídolo. Foi grande tocador de fole de botão, ótimo compositor, afinador de sanfonas, produtor de discos, radialista (tinha um programa assim como Ivan Ferraz), dono de gravadora e de casa de forró.
O forró em São Paulo só cresceu graças a ele porque teve a coragem de em 1966 fundar o Forró de Pedro Sertanejo, ali no Brás, na rua Catumbi, 183. Todos os grandes nomes do forró tocaram lá. Era uma casa feita pros nordestinos. Aquelas branquinhas paulistas de bochechinhas rosadas não visitavam sua casa de show porque naquela época forró era sinônimo de paraíba, de peixeira, de gente sem instrução, sem nível, que ia pra São Paulo a fim de fugir da seca e não morrer de fome e sede.
Pedro foi um visionário. A sua gravadora Cantagalo foi fundada para que ele desse impulso à sua carreira, mas também pra auxiliar a muita gente de talento do Nordeste que não tinha voz nem vez nas grandes gravadoras. Dominguinhos começou a gravar lá. Camarão, Zé Gonzaga, Geraldo Correia e Anastácia também fizeram discos com Pedro. Até Jackson do Pandeiro! Só Luiz Gonzaga não gravou na Cantagalo.

Da visão de Pedro foi que veio o impulso para que o filho Oswaldinho estudasse música clássica por treze anos e tivesse mestres como Paulo Feolla e Dante D’Alonzo. O reconhecido talento do filho lhe rendeu uma bolsa de estudos no exigente Conservatório Dante de Milão. Hoje, os grandes nomes do acordeom espalhados pelo mundo afora lhe rendem homenagens. Oswaldinho é a maior obra de Pedro Sertanejo!


Foto ao lado tirada na Avenida Ruy Barbosa, em Euclides da Cunha no restaurante de Carlos Amorim - 1996
>>>Entre as pessoas estão: Hélio Souza, Iomar Canário, Carlos Amorim e Pedro Sertanejo - (Foto fonte: Euclides da Cunha - Bahia - Orkut )



Se Pedro Sertanejo não tivesse composto as mais de quinhentas músicas que fez, só duas bastariam para inscrever seu nome na galeria dos grandes compositores de forró. Os forrós Rato Molhado e Roseira do Norte são verdadeiras antologias do gênero. O primeiro fez sozinho e o segundo em companhia de Zé Gonzaga.

Hoje, pouca gente fala no pai de Oswaldinho. Está condenado ao esquecimento como muitos outros. Mas se depender do nosso museu do Cumbe não vamos deixar esquecer.

Então, com vocês, o mestre Pedro Sertanejo com o seu "Rato Molhado". É forró pra ouvinte nenhum botar defeito.







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Por Abílio Neto









Para ouvir ouvir ou baixar em seu pc a música Rato Molhado clique AQUI



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Ao lado, seu filho, o famoso Oswaldinho do Acordeon

quarta-feira, 1 de abril de 2015

ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DO SALVADOR (ALAS)


CADEIRA Nº 20
1º TITULAR : JOSÉ  DIONISIO NÓBREGA













Nascido no município de Euclides da Cunha -Ba, antigo Cumbe do Major Antonino, precisamente na fazenda Lagoa do Barro, no dia 9 de outubro de 1948, José Dionisio Nóbrega  é filho do paraibano Sebastião Nóbrega do Bonfim e da euclidense Filomena Paranhos de Macedo  (Loló) , a primogênita de José Paranhos  de Abreu (Dedé Paranhos) e Maria Olinda de Macedo ( Mariinha de Dedé Paranhos).
Quem lhe deu  os primeiros incentivos para estudar foi sua avó Mariinha, neta de José Martins de Almeida, o qual esteve em Canudos para ouvir algumas pregações de Antônio Conselheiro e trineta de Antônio Homem, que foi o primeiro  povoador da Lagoa do Barro e do Tinguibunhém.
Antônio Homem pode ter vindo da região de Santa Luzia (hoje Santa Luz), lugar onde sua bisneta Raquel Olinda de Macedo (tia de Mariinha) deitou raízes ao casar-se com o italiano de Trecchina – Giovanni Femminella.



Dia 25 de abril de 1955, numa 2º feira, sua avó Mariinha o encaminhou para a escola de Aldenora e Adelaíde, que ficava no “Beco do Cemitério”, bem próximo da “Rua da Igreja”. Ano seguinte, a vovó Mariinha o levou para estudar na Duque de Caxias, situada na rua Otavio Mangabeira (conhecida  como “Rua dos Ricos”) , na qual foi aluno, pela primeira vez, de uma professora formada: Luti de Raimundo Tomás. Nesse mesmo ano, já por influencia dos pais, estudou com a professora Elisanete, filha do pernambucano Sebastião do “Corte” . Só em 1957 é que se transferiu para a Escola Paroquial São José, coordenada de inicio pelo então Pe. Jackson Berenguer Prado e depois pelo Pe. Pedro Monteiro. Dalzinha e Nenem da Quiló foram as duas professoras do 2º ano primário. Em 1958, cursou o 3º ano com a professora Alice e nos anos seguintes, até concluir o primário, com as professoras Dulce Soares e Hildete Abreu.



Em dezembro de 1961, depois de muito choro para estudar fora (E. da Cunha ainda não tinha Ginásio), o filho de Loló e Sebastião foi aprovado no exame de admissão no Ginásio N.S. das Graças (Tucano), fundado e dirigido pelo Pe. José Gumercindo, também professor de destaque de Latim, Francês e Português e, nas horas vagas, também de Grego, com o qual conviveu 3 anos e meio. A conclusão do curso ginasial já foi em 1965 no Colégio Estadual de Feira de Santana.
Ainda em dezembro de 1965, chega a Salvador para pleitear vaga na Escola M.A. Teixeira de Freitas (curso de Administração), que funcionava na Avenida Sete, ao lado da Escola Kate White, onde foi aluno do jurista Edvaldo
Brito, Renato Bião Cerqueira, Ivan Maia Fachinetti, Roberto Campos e tantos outros. Além deste curso profissionalizante de nível médio, de muito bom conceito na época, principalmente pelo corpo docente, estudou simultaneamente o científico no Colégio Central, não chegando a conclui-lo dadas as dificuldades de compatibilização de horário com o primeiro emprego na Fundação Hospitalar do Estado da Bahia (Hospital Couto Maia), onde controlava as contas  nosocomiais, além de datilografá-las.
Ano e meio depois, já em 1969, trabalhando como auxiliar técnico no Instituto do Serviço Público (ISP), depois Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público, da Universidade Federal da Bahia, entidade que na época sobrevivia de convênios com a USAID, SUBIN, SUDENE e Estados conveniados, participou da reforma administrativa dos Estados do Maranhão, Piaui e Sergipe. Foi um dos melhores períodos de sua vida, principalmente pela experiência adquirida ao longo de quase 4 anos, trabalhando ao lado de Fernando Sarmento, Jorge Hage, Emanuel de Souza Muniz, Eraldo Tinoco, Luiz Henrique, Raimundo Mendonça, José Carlos Dantas Meireles, Margarida da Costa Batista, Olavo Pedrecal, Antônio Eduardo Portela (padrinho de batismo de sua filha Ludmila Martins Nóbrega), Raimundo Vasconcelos, José Joaquim Calmon de Passos, Eduardo de Freitas Filho, Álvaro Dultra e muitos outros.

Até 1972, cursou Administração Pública pela UFBA, quando foi convidado pelo governo de Sergipe a prestar assessoramento como Auditor Administrativo e depois como Assessor de Planejamento na
Secretaria de Administração do governo de Paulo Barreto de Menezes. No governo de José Rollemberg Leite,  já como funcionário concursado (Fiscal de Rendas), exerceu na Secretaria da Fazenda o cargo de chefe de Documentário Fiscal (Sistema de Informações Econômico-Fiscais) e logo depois designado Assessor Especial. No 1º semestre de 1976, concluiu o curso de Administração (de Empresa) pela Universidade Federal de Sergipe. Ano seguinte, fez pós-graduação lato-sensu (Curso de Administração Tributária) em Brasília, em regime de internato na ESAF, durante o período de 6 meses.


 Em 1978, é nomeado por concurso Auditor Fiscal do Estado da Bahia, cargo que ocupou até 1º de outubro de 2015, data de sua aposentadoria. De março de 1979 a março de 1981, fez em Brasília, na mesma ESAF, o mestrado em Administração. Por dois anos(1987/1989) exerceu a chefia da Divisão da Fiscalização da Secretaria da Fazenda no governo Valdir Pires.
Como convidado, deu aulas na área de administração e planejamento estratégico na UFBA, na Universidade Tiradentes (UNIT), em Sergipe, no Ceteba (UNEB), no ISP (UFBA), na ESAF(BA) e em diversos centros de treinamento do Estado da Bahia e Sergipe. Fez dezenas de pequenos cursos nas áreas de administração, economia e psicologia social das organizações. Elaborou diversas provas de concursos públicos para o Estado de Sergipe.
Na década de 80, por conta própria e por sugestão do prof. José Calasans, começou a pesquisar a história de Canudos tendo como roteiro o livro Os Sertões. Antes, porém, apenas informalmente, ouvia dos mais velhos as proezas de Antônio Conselheiro e seus jagunços.

Por influência de Ioiô da Professora, que já o conhecia desde o tempo de menino, interessou-se em pesquisar os principais povoadores do vasto município do Itapicuru de Cima e do antigo Jeremoabo, chegando a pesquisar também algumas famílias sergipanas das quais descendem muitos sertanejos do nordeste da Bahia. Por pesquisar a história e as famílias do velho sertão de Monte Santo, a Câmara de Vereadores do município de Uauá concedeu-lhe o titulo de cidadão uauaense.






O número de obras históricas e genealógicas publicadas não vai além, por enquanto,  de cinco: “Euclides da Cunha e o sertão de Canudos”, “Padre João Velho de Tucano e a Carnaíba do Pires”, “O Tucucuru do Padre Januário”, “Enock- um Canário protegido de Santo Antônio de Canudos” e “Capitão Dantas e os três Ioiôs de Cumbe”. Palestras sobre temas sertanejos  foram feitas em Aracaju, Salvador, Canudos, Senhor do Bonfim, Euclides da Cunha e Tucano.
Escreveu vários artigos para o jornal A Tarde: “Padre Gumercindo: o educador do sertão”, também publicada na revista de ALAS; “O encontro do padre Sabino com o Cel. Moreira César”, também em ALAS; “O Centenário de Aurélio Laborda”, publicado também em livro sobre os 50 anos da UFBA, do prof.  Edivaldo   Boaventura; “A questão da terra em Canudos”; “A sergipanidade de Jenner Augusto” e outros.
Por gostar de cantar no banheiro de sua casa canções populares  brasileiras, francesas, italianas e espanholas, resolveu com os próprios recursos gravar CDs (já se vão meia dúzia) exclusivamente para presentear aos parentes e amigos que constantemente reclamam e exigem a produção e gravação de mais um, que talvez saia em 2017.
PATRONO:  PEDRO CALMON



Pedro Calmon
Sobre Pedro Calmon Moniz de Bittencourt, nascido em Amargosa (Ba) nos dois primeiros anos dos século XX, disse Josué Montello na apresentação do livro Memórias do grande historiador baiano, catedrático em Direito Público e reitor por muitos anos da Universidade do Brasil:
“Quem conheceu Pedro Calmon e teve o privilégio de seu convívio, dele guardou a lembrança do mestre que tinha o dom da criação imediata, quer falando, quer escrevendo. E mais ainda: sempre jovial,  sempre feliz”.
“E dizer-se que, à vida vivida, como professor, como escritor, como historiador, como ministro de Estado, como presidente da Academia, como reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Calmon ainda deixou o acervo complementar das lembranças que hão de sempre morar conosco, e que no-lo restituem, nas horas em que a evocação se purifica na melhor saudade”.
“O biógrafo de Pedro II ou de Castro Alves, da princesa Isabel e de Pedro I, do Marquês de Abrantes e de José de Anchieta, é o historiador emérito dos sete tomos compactos da História do Brasil, da História das idéias politicas, da História da literatura baiana, além de mestre da Teoria Geral do Estado e do Curso de direito constitucional brasileiro, sem esquecer os três volumes da História social do Brasil, em que o mestre da minúcia factual compõe a visão de conjunto, em base de renovação cientifica, e nos permite dominar em suas características fundamentais, a composição e a transformação da sociedade brasileira”.


terça-feira, 17 de março de 2015

Martins da Mota Silva



Quero registrar aqui esse músico, grande admirador do chorinho (gênero da musica popular instrumental)

Conhecido como Seu Martins, nasceu em 03 de março de 1942, em Cumbe do Gato zona rural de Quijingue, Bahia, filho dos agricultores: Joaquim Pantaleão da Silva e Julia Maria da Mota. Morou por 18 anos no povoado.
Em 1960 foi para São Paulo onde ficou por 50 anos.

Por  idas e vindas conheceu sua esposa, conterrânea, Maria Santana Silva e casou-se em 1969. Com ela teve três filhas que nasceram em São Paulo: Tânia Santana Silva, Marilza Santana Silva que residem em São Paulo e Telma Santana Silva que mora na Alemanha.

Trabalho e Música

Apesar do trabalho árduo na metalurgia para o sustento de sua família, sempre reservava um tempo para aprender música na Academia de Violão Farias Mendes com seu parceiro e amigo, bandolinista desde a década de 70, Edvaldo Passos de Santana.

Depois que aprendeu sua primeira música “Tico-tico-no-fubá” de Zequinha de Abreu, passou a
frequentar os clubes de choro: Clube São Miguel e Clube Santana, onde apreciava assiduamente os músicos da época tocarem os clássicos de Jacob do Bandolim, Saraiva, Pixinguinha, Zequinha de Abreu, Chiquinha Gonzaga, como também as serestas de Nelson Gonçalves, Francisco Alves, Ataulfo Alves, Carlos Nobre entre outros.

Grupos musicais, passeios e amizades

Participou dos grupos musicais com seu 7 cordas: Grupo Carinhoso, Cordiais do Samba e Amigos do Samba. Na ocasião conheceu o Joca do Violão do grupo Demônios da Garoa que visitava sua casa para uma boa feijoada com mais de 30 amigos, recheada de muita música e satisfação.
O antigo e curto vídeo, acima, mostra o Joca em uma de suas visitas ao Seu Martins



Sempre, na década de 80, quando visitava Euclides da Cunha, tinha o prazer de passar várias horas na Casa da Música para ouvir e acompanhar o saudoso bandolinista Edmundo Esteves.

Em uma de suas visitas a cidade natal no ano 2002, ouviu falar da formação de um grupo de choro em Euclides da Cunha,








 Chorões do Cumbe, e, sem perder tempo, correu para ver e acompanhar os ensaios onde conheceu os músicos: o autor do blog (Ney do Bandolim), Cinquentinha 7 Cordas, Junior Timba, Diêgo do Pandeiro, Messias Britto, Junior do Cavaco, Charles, Vagner e Braulito Bispo.
Seu Martins participou de alguns eventos tocando seu 7 cordas com os Chorões do Cumbe


Na foto, partindo da esquerda em pé: Seu Martins, Cinquentinha 7 Cordas, Ney do Bandolim, Messias Britto, Braulito.
Sentados: Diêgo, Vagner e Junior Timba
Projeto: OS SERTÕES







O vídeo abaixo está Seu Martins consolando Dionísio Nóbrega após ouvir uma composição de Messias Brito com a música "Choro pra Dionísio Chorar" nos ensaios dos Chorões do Cumbe em Euclides da Cunha. Ano: 2002







A sua paixão pela música é tanta que construiu um grande violão de concreto na entrada de sua residência no povoado de Rio Grande, próximo a Algodões.





Sua casa é recheadas de equipamentos de som e vários tipos de instrumentos musicais, também,  é lá que sempre convida os amigos para saborearem a sua famosa feijoada rodeada de vários músicos de Euclides da Cunha e Algodões.








Assista o vídeo a seguir: encontro dos músicos de Euclides da Cunha, Quijingue e Algodões em homenagem a Seu Martins em sua residência no Rio Grande, 14 de março de 2015.




Martins  se aposentou como soldador industrial pela  Iderol – Equipamentos rodoviários e retornou para sua terra natal em  2010.




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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Dionísio Nóbrega lança seu quinto CD

Nosso conterrâneo e  historiador Dionísio Nóbrega grava seu quinto CD com 26 músicas




Para ouvir ou baixar no seu computador clique AQUI
Para baixar as letras e a capa clique AQUI

01.AVE MARIA (Schubert)
02.SANTO ANTÔNIO DE CANUDOS (Dionisio Nóbrega)
03.CONSELHEIRO DO BELO MONTE (Dionisio Nóbrega)
04.NOITE FELIZ (STILLE NACHT / SILENT NIGHT) (Franz  Gruber)
05.ASA BRANCA (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira)
06.CASTIGO (Dolores Duran)
07.GAROTA DE IPANEMA ( Antônio Carlos Jobim / Vinicius de Morais)
08.MANHÃ DE CARNAVAL (Luiz Bonfá / Antônio Maria)
09.NO RANCHO FUNDO (Lamartine Babo/ Ary Barroso)
10.O GONDOLEIRO DO AMOR (Salvador Fábregas /Castro Alves)
11.IF (David Gates)
12.THE SOUND OF SILENCE(Paul Simon)
13.WHEN A CHILD IS BORN (F.jay /Zacar)
14.WHEN I NEED YOU  (H. Hammond / C. Bayer/ Sager)
15.HISTORIA DE UN AMOR (Carlos Almaran)
16.LA PALOMA (Tradicional/ Y. Salaberry)
17.SOLAMENTE UNA VEZ (Agustin Lara)
18.VAGABUNDO (Victor Simon/Alfredo Gil)
19.F…COMME FEMME (Salvatore Adamo)
20.NE ME QUITTE PAS (Jacques Brel)
21.QUE RESTE-T- IL DE NOS AMOURS (Charles Trenet)
22.CHE SARÀ (F. Migliacci/ E. Sbricoli /C. Pes/ Fontana)
23.TI VOGLIO TANTO BENE (Furnò/ De Curtis)
24.VOLARE (NEL BLU DIPINTO DI BLU) (D.Modugno / F. Migliacci)
25.A  ETERNA CANUDOS (Dionisio Nóbrega)
26.HERÓIS DE CANUDOS (Dionisio Nóbrega)



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Antonio França Machado - Biografia


Natural da cidade de Cansanção-BA, nasceu em 01/12/1938, filho de Henrique França Machado e Oliva Andrade Silva, chegado em Euclides da Cunha em 25 de abril de 1953 a convite de um amigo da família Sr. Vicente comerciante ambulante. Seu primeiro serviço foi em um depósito de compra e venda de sereais a convite do Sr Zezé Lima (1954).  A partir de 1955 passou a trabalhar em uma casa de peças e acessórios para autos e combustíveis pertencente ao Sr Bernardino Menezes dos Santos proprietário da Fábrica de Cal Sublime nesta cidade. Em 1961,assumiu a firma de Maria Iza & Cia Ltda, pertencente também ao Sr Bernardino.

-->  Foto ano 1957, Antonio França em frente a bomba do Posto Texaco que era localizado na esquina da Rua Almerindo Rehem e Rua Castro Alves. Hoje funciona a Coelba próximo ao Ciretran

Em 1967 continuou como Sócio Gerente da mesma empresa que mudou a razão social para Auto Peças Euclidense Ltda. com as atividades de Posto de Combustível Texaco e revenda de peças a automóveis Volkswagen; a partir de abril de 67 passou a ser membro da diretoria do Clube 8 de Dezembro Futebol Clube.




O casamento de Antonio França com a professora Maria da Assunção Dantas Lima (Marly) foi realizado em 27/07/1968. Filhos: Wancleyde, Mara Adriane, Heloisa, Luciana, Carlos Henrique e Ricardo Luiz (Bizu) adotivo em 1982.




Concluiu o 2º grau Técnico em Contabilidade em 1975, pelo Educandário Oliveira Brito. Nesta época ingressou como membro da Loja Maçônica Acácia Nordestina nesta cidade.
Início do Radioamadorismo
Com o prefixo fornecido pelo Dentel (atual Anatel) PY 6 AAK e Estação Columbia N. 2152 associado a Lebre (Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão).
Em 1983 foi convidado pelo Sr. Osvaldo Dantas Lima, diretor do Educandário Oliveira Brito, para lecionar Geografia e História durante dois anos sob responsabilidade da Prefeitura Municipal e a partir de 1985 pelo Governo do Estado. Com muita dedicação foi transmitido conhecimentos para alunos da 5ª 6ª 7ª 8ª do 1º e 2º grau até o ano 2006.

Esporte e Cultura: de 1967 até 1990 participou das academias de Judô e Karatê chegando até as categorias nas faixas Verde e Laranja.

Clubes Sociais: Sócio e membro da diretoria do Grêmio Cultural e Recreativo de Euclides da Cunha, desde sua fundação em 1959 e também sócio membro da diretora do Clube de Campos Os Sertões (Clube dos 100) desde 1981.


>>>Na foto a direita, França entre os filhos Carlos Henrique e Ricardo Luiz (Bizu) <<<

Em 1997/1998 teve a participação no projeto Caxiense-Bahia.
Aposentou-se em 2006 pela Secretaria de Educação e Cultura, logo, participou a continua ativo da UATI (Universidade Aberta a Terceira Idade) fundada com o apoio da Uneb com mais de uma centena inscritos que desfrutam de aulas de várias modalidades, inclusive Aeróbica, Yôga, passeios recreativos, etc, (Atividade rejuvenescedoras) proporcionando uma boa convivência e qualidade de vida .



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