Pesquisar este blog

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

José Bezerra Neto (Zuza Bezerra): trajetória de um político euclidense de destaque


José Bezerra Neto, mais conhecido como Zuza Bezerra, nasceu em Queimadas, Bahia, no dia 27 de agosto de 1919. Agropecuarista de origem, estabeleceu-se com sua família no município de Euclides da Cunha — cidade que adotou como sua e carinhosamente chamava de “Cidade Mãe”.

Com forte atuação na política local, Zuza Bezerra foi eleito vereador em 1948, permanecendo no cargo por uma década. Em 1958, lançou-se candidato a prefeito pelo Partido Social Democrático (PSD) e saiu vitorioso nas urnas, consolidando sua liderança e influência na região.

Em 1962, ampliou sua atuação política ao se eleger deputado estadual pela sua base em Euclides da Cunha. Seu mandato coincidiu com a gestão do governador Lomanto Júnior, com quem mantinha uma relação de prestígio e proximidade política.

Entre as conquistas mais relevantes de sua atuação parlamentar, destaca-se a articulação para a instalação da primeira agência do Banco do Estado da Bahia no município — instituição que viria a se tornar o atual Bradesco. O feito representou um avanço importante na infraestrutura econômica da cidade, facilitando o acesso a serviços bancários e fomentando o desenvolvimento local.

Na imagem histórica, José Bezerra Neto aparece ao centro, cortando a fita inaugural da agência bancária, acompanhado pelo então prefeito Antônio Batista de Carvalho. À extrema direita da foto, está o governador Lomanto Júnior, que atendeu ao convite do deputado e veio pessoalmente prestigiar a cerimônia, realizada em 1966.

A trajetória de Zuza Bezerra é parte fundamental da memória política de Euclides da Cunha, marcada por dedicação ao serviço público e por importantes contribuições ao progresso da região.



__

Colaboração: Hildebrando Maia 




segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Recrutamento Militar em Euclides da Cunha – 1966

Em 1966, o Comando da 6ª Região Militar esteve em Euclides da Cunha para conduzir o processo de Recrutamento Militar. Na ocasião, jovens a partir dos 18 anos eram obrigados a comparecer à sede da Prefeitura Municipal — onde hoje funciona a Câmara de Vereadores — munidos dos documentos exigidos para o preenchimento do formulário de alistamento.

Até os dias atuais, os critérios para a seleção dos recrutas seguem duas diretrizes principais: a avaliação do porte físico e dos aspectos morais dos candidatos, além da busca por representatividade entre diferentes classes sociais e regiões do país.

A chegada do Comando à cidade foi marcada por uma recepção solene das autoridades locais. Em registro fotográfico da época, aparecem lado a lado com a tropa os senhores Zé Marinho (pai de Ohniram, da Tendinha Cultural), Walter Macedo, o professor Teófilo Paiva Guimarães e o então prefeito Antônio Batista.


Na véspera do recrutamento, militares do Exército Brasileiro desembarcaram em caminhões e realizaram um desfile cívico pelas ruas da cidade. Ao se posicionarem em formação, os comandos de voz forte ecoaram: “ESQUERDA/DIREITA VOLVER!”, “EM FRENTE!”. A marcha teve início na Rua Joaquim Santana Lima, passando pelas ruas Ruy Barbosa e Castro Alves, com destino à Prefeitura. A população acompanhava admirada a precisão e simetria dos passos firmes da tropa. A cidade aplaudia com entusiasmo, contagiando os militares com o calor da recepção.





O processo de recrutamento teve início no dia seguinte. Entre os jovens presentes, estava Zé Dilson Moreira, conhecido como Zé Dilson da Cadeirinha, que relembra com orgulho:

“Me apresentei para tirar a Carteira de Reservista e, na época, falei ao Major — que era o comandante — se poderia servir ao Exército em Paulo Afonso, na parte administrativa. O Major respondeu que, infelizmente, não seria possível, mas me elogiou pela vontade de servir à Pátria. Disse aos demais presentes sobre meu patriotismo e prometeu enviar meu certificado o mais breve possível.”


Colaboração: Hildebrando Maia, Ohniram Marinho, José Dilson Moreira


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Rua Joaquim Santana Lima - Calçamento - 1965

 

          Antes                                               Depois








_
Em 1965 foi construído o calçamento da Rua Joaquim Santana Lima pelo então prefeito Antônio Batista de Carvalho. O nome da rua foi em homenagem a Joaquim Menino.

Joaquim  Santana Lima (Joaquim Menino) era inimigo político de Antônio Batista, mas, de surpresa, recebeu apoio total na sua campanha  vitoriosa   no qual gerou laços políticos e de amizade.

As setas amarelas indicam um muro que pertencia a casa de Totonho Lima. Dois anos depois, na gestão de Joaquim Silva Dantas (Ioiô Dantas), o muro foi derrubado pelo gestor em entender que era indispensável ao interesse público a abertura de uma rua que hoje faz ligação à rua Pedro Monteiro Campos, Bairro Caixa D`Água entre várias vias e Centro.  Houve uma indenização prévia e justa. 

A seta laranja indica a residência de Totonho Lima e Dona Clarinha. Também residiu Hugo Canário e Terezinha até a demolição devido a um  gigantesco buraco entre os alicerces do prédio que tornou-se famoso.  Hoje encontra-se uma linda Pracinha Ararinha Azul.



__

Por Ney Campos

Foto: Antonio Batista de Carvalho

Contribuição: Solange Victor