Também era conhecida como Rua dos LIMA ou Rua de Cima
Seta amarela: Educandário Oliveira Brito depois de um ano inaugurado.
Seta vermelha: depósito de sisal que pertencia a João Felisberto dos Santos, hoje encontra-se o Auditório do EOB.
Seta azul: residência da família Dantas.
Em 1976, um caminhão desgovernado bateu na parede da casa causando um grande estrago. Por muita sorte, naquele momento, não tinha ninguém no quarto.
Seta verde: residência de Joaquim Mathias
No ano de 1965, durante a gestão do prefeito Antônio Batista de Carvalho, a cidade de Euclides da Cunha viveu um momento muito esperado por sua população: o calçamento da Rua Joaquim Santana Lima. À época, essa rua era uma das mais importantes vias da cidade, servindo como principal entrada e saída para quem seguia em direção a Monte Santo. Sua pavimentação não apenas atendeu a um antigo anseio da comunidade, como também representou um símbolo de progresso para o município.
A expectativa dos moradores era grande. Durante anos, a poeira e a lama tornavam difícil a circulação, especialmente no período das chuvas. A cada inverno, os moradores enfrentavam o barro e o alagamento, e no verão, a poeira tomava conta das casas e do comércio. Por isso, quando as primeiras pedras começaram a ser assentadas, era como se a cidade respirasse aliviada. Muitos se reuniam nas calçadas para acompanhar o trabalho dos operários, e o som das ferramentas virando o dia virou sinal de esperança.
O calçamento foi feito com capricho. As pedras foram bem ajustadas, com esmero e firmeza, o que garantiu uma durabilidade que atravessou décadas. Não demorou para que os elogios se espalhassem: “Essa rua agora tá parecendo capital!”, diziam com orgulho os moradores. O investimento naquela via valorizou todo o entorno e facilitou o deslocamento tanto de pedestres quanto de veículos.
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As crianças, então, nem se fala! Era uma festa só. Sem mais o lamaçal, podiam brincar livremente, correr, jogar bola e andar de bicicleta. A rua ganhou nova vida, com o vai e vem das famílias e a alegria da meninada que agora tinha um espaço seguro e limpo pra se divertir.
E como se não bastasse o impacto prático, a Rua Joaquim Santana Lima passou também a fazer parte do tradicional roteiro dos passeios de carro pela cidade. Antes restrito à Rua da Bomba, à Rua Ruy Barbosa, à Praça Duque de Caxias e à Praça da Igreja, o famoso “dar uma volta de carro” agora incluía esse novo trecho tão bonito e bem cuidado. Era comum ver carros desfilando devagar por ali nos fins de tarde, com famílias aproveitando a brisa e o burburinho da cidade.
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A pavimentação da Rua Joaquim Santana Lima não foi apenas uma obra de infraestrutura: foi um momento de orgulho coletivo, de avanço urbano e de transformação no cotidiano da população. É uma daquelas histórias que merecem ser lembradas, contadas e celebradas — porque são elas que constroem a memória viva da nossa Euclides da Cunha.
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