Arquivo/Colaboração: Raimundo Carvalho Rabelo
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Os autores do Hino de Euclides da Cunha são:
Letra: José Aras
Música: Antonio Moreira
Em 1972 (fonte: Câmara Municipal de Vereadores de Euclides da Cunha)
Letra:
Euclides da Cunha torrão adorado
Tão decantado no mundo inteiro
"Os Sertões" veio nos trazer a glória
Da nossa história no sertão Brasileiro
Por muitos anos foi aqui adorado
O Bendegó - famoso meteorito
Nosso sertão um jardim em festa
Foi o escolhido lá no infinito
Salve ó rincão de filhos varonis
Heróis anônimos mortos de pé
Renasce ardente em nossos corações
Tua bravura de amor e fé
O Hino de Euclides da Cunha: um cântico de bravura, memória e identidade sertaneja
O hino oficial de Euclides da Cunha, na Bahia, é mais que uma composição poética – é um retrato vibrante da alma sertaneja e da memória coletiva de um povo marcado pela resistência, pela fé e pela força.
Logo nos primeiros versos, a cidade é exaltada como “torrão adorado”, expressão carinhosa que revela o amor do seu povo pela terra onde nasceu e cresceu. Não se trata de qualquer lugar: Euclides da Cunha é "decantada no mundo inteiro" por causa da obra monumental de mesmo nome, Os Sertões, escrita pelo renomado escritor e engenheiro Euclides da Cunha. A cidade carrega, portanto, em seu nome e identidade, a glória de uma história contada para o mundo inteiro – a história do sertão brasileiro, suas lutas, dores e resistências.
O hino também celebra o Meteorito do Bendegó, uma das maiores rochas espaciais já encontradas no Brasil, que repousou durante muito tempo em terras sertanejas antes de ser levado ao Museu Nacional. O meteorito é símbolo do inusitado e do extraordinário presente no cotidiano sertanejo – como se o próprio universo tivesse escolhido essa terra para deixar um sinal de sua grandeza.
No auge da poesia, o hino descreve o sertão como um "jardim em festa", rompendo com os estereótipos de seca e miséria e revelando a beleza escondida na vida simples e forte do interior. O verso "foi o escolhido lá no infinito" pode ser entendido tanto como uma imagem do meteorito vindo do espaço quanto como uma bênção divina sobre esse povo de fé.
Na estrofe final, a canção presta homenagem aos heróis anônimos do sertão – homens e mulheres que lutaram e tombaram de pé, com coragem e dignidade. São os filhos "varonis", aqueles que mantêm viva, até hoje, a chama da bravura, do amor à terra e da fé inabalável.
Esse hino é mais que música: é documento, é memória, é símbolo de um povo que não se dobra. Ele ecoa nas ruas de Euclides da Cunha como um chamado à lembrança e ao orgulho de ser parte de uma história que continua viva, ardente, no coração do sertão
9 comentários:
Poxa..!! Há muito tempo que procuro nosso hino e só agora conseguir com download. Muito obrigado Ney! Valeu
nossa ki lentra maravilhosa.e interpretada por esses mestre da música euclidense só poderia sair essa coisa linda ki é.ainda tem gente ki quer mudar a lentra, tão de brincadeira né?parabéns a todos vc!!!
Fazia bastante tempo que eu procurava essa obra prima que é o hino de euclides da cunha, que na interpretação de meu colega professor Rabelo Gonzaga, ficou ainda melhor,valeu Nei, parabéns pela iniciativa de você resgatar um pouco da nossa história.
eu amo essa musica fala de minha terra da minha raiz. ♥♥
Fui procurar o escritor Euclides da Cunha para pesquisa e encontrei este site que minha avó adorou! Todo dia pede para eu abrir e passamos horas juntas. Nasci em Sena Madureira - Acre. Minha avó, Ana Bitencourt, é de Tucano-BA e morou nesta cidade por sete anos e tem muita saudade dos amigos que aí fez.
Parabéns ao idealizador do site!!
Abraços a todos!
Fernanda Bitencourt Moraes
Simplesmente... Lindo!!!!
Obrigada pela letra do hino. Ela é muito linda!
Eu adoro esse saite
Uma bosta
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