sexta-feira, 17 de junho de 2011

São João em Cumbe - História

Livro: No Sertão do Conselheiro - José Aras

Toda casa da cidade, da fazenda ou choupana se preparava para a noite de São João, pois, quem não acendesse uma fogueira, São João não passaria na porta.
Fogos em quantidade e o retumbar de pólvora, para anunciar a vinda do Santo do batismo, os compadres, comadres e afilhados.



Nas casas mais abastadas reuniam-se o povo das circunvizinhanças. As moças casadoiras faziam adivinhações com porcelanas d´água ao redor da fogueira. Alguns enterravam facas nas bananeiras para ver se, no dia seguinte, aparecia o nome do futuro cônjuge.
Na roça, a sanfona, o pandeiro e a viola emendavam as valsas com baião; rodas cantadas no terreiro por meninas e mocinhas, até o sol raiá.

Uma alegria contagiante para as pessoas!
O São do passado tinha fogueira em todas as casas. Algumas sendo altas onde se penduravam laranjas amarelinhas e presentinhos, para a meninada apanhar no momento em que ela fosse queimada e caísse. Aí, era uma zoada danada, juntando a algazarra dos meninos e o barulho dos fogos.

A comida era farta para todos que chegassem - muito milho na fogueira, canjica, pamonha, bolo de milho, de aipim, milho cozido, batata doce assada na brasa, amendoim cozido, o delicioso manuê, e muito mais. O licor era de jenipapo, de figo, maracujá ou jurubeba (para os mais fracos)


>>>Casamento na roça - 1987

>>>Divirta-se reconhecendo as pessoas na foto - Deixe um comentário
Foto/colaboração: Nildinha Doida

____



Um comentário:

Zu disse...

Eiita! Ritinha, batista, Kátia da prof Vanda, João Carlos de João Manuel, ze cícero,.......sss