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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

José Lauricio da Nóbrega - Morenito

 O maior cordelista de Euclides da Cunha





quarta-feira, 17 de junho de 2020

Le Galope: o sabor e a música de uma época inesquecível




A seta amarela indica o terreno onde foi construída
A seta vermelha a Avenida Almerindo Rehem

A história da Le Galope começou com uma padaria no térreo, que logo se transformou em padaria-bar e lanchonete. Depois, veio a grande novidade: uma pizzaria no primeiro andar. Um ambiente de requinte e bom gosto, que se tornou um dos principais pontos de encontro e entretenimento de Euclides da Cunha nas décadas de 1980 e 1990.


Foi em setembro de 1982 que tudo começou, com Hilton Celestino, mais conhecido como Durão, à frente do negócio. Pouco tempo depois, a gestão passou para seu irmão, Milton Celestino, o famoso Fanta. A pizzaria do primeiro andar se destacava não só pelo cardápio, mas também pela qualidade das pizzas, preparadas por pizzaiolos experientes que vieram de fora para ensinar os novos talentos da cidade.


Logo após a inauguração, a Le Galope passou a oferecer música ao vivo nos fins de semana, em clima intimista, com voz e violão. Nomes como Iomar Canário e Chico D’Oliveira encantavam o público no andar de cima. Iomar relembra com carinho:

“Muitas vezes eu chegava à noite, cansado de viagem a serviço do Interba, e logo, sem nada combinado, Durão batia na minha porta me chamando pra mais uma cantoria. Pegava meu violão e rapidinho já tava lá.”

Enquanto a boa música preenchia o ambiente, os frequentadores saboreavam a bebida da moda: Brahma Chopp. Mas havia também os clássicos das bebidas “quentes”: Bacardi com Coca, Vodka com refrigerante de laranja, Dreher com Martini, Campari, o sofisticado Old Eight e o popular Natu Nobilis.

Na década de 1990, a casa passou a receber convidados especiais como Zé de Zezito e seu irmão, Ney Campos, além de Kleyton Nunes com repertório de Geraldo Azevedo, Xangai, Alceu Valença e tantos outros nomes marcantes da MPB e do forró. Teve até som ao vivo na rua, com o Projeto Verão, realizado em frente ao prédio. O projeto cresceu e se espalhou por vários bares da cidade e região, com o patrocínio da cervejaria Antárctica, numa tentativa ousada de bater de frente com a queridinha da época: a Brahma Chopp.

Com o tempo, a Le Galope se expandiu. Foi aberta uma nova área na lateral do prédio, na Rua Benjamin Constant, ampliando o espaço e trazendo mais opções para o público. Começou-se, então, a cobrar ingressos ou taxa de consumação para apresentações de bandas locais como Banda Brilhante, J. Som 6, Antônio Rocha, Chico D’Oliveira, Zeca dos Teclados, Grupo Realce, Peles de Gato, além de grupos de forró que animavam as noites. Em muitos momentos, os dois ambientes funcionavam simultaneamente, com som ao vivo embaixo e som ambiente no andar superior.

Os primeiros funcionários deixaram sua marca na história da casa: seu Miguel (pai de Nel Saad), Bigode e Nel, que ficou conhecido como Nel da Le Galope.

Hoje, em 2020, sob nova direção, a Le Galope se transformou. O térreo abriga pontos comerciais, enquanto o espaço superior segue sendo aproveitado. Mas, na memória afetiva de muitos euclidenses, a Le Galope continua viva. Afinal, inúmeros casais de hoje se conheceram ali, entre uma pizza, uma canção e um gole de Brahma Chopp






Kleyton Nunes, Zé de Zezito e Ney Campos
Projeto Verão - Cerveja Antárctica











Por Ney Campos





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