Grupo The Lunik Som - Década 1960
Proprietário: Edmundo Esteves
Na foto, da esquerda para direita: Oliveira (conhecido como Bel Oliveira), Evangelista e Amauri.
O grupo musical The Lunik Som foi, sem dúvida, um dos maiores destaques da cena cultural regional. Fundado e administrado por Edmundo Esteves, o grupo conquistou espaço até fora de sua terra natal, realizando apresentações memoráveis no Sul da Bahia ao lado de grandes nomes como Os Lordões, Los Guarani, Os Sombras, Gildo Moreno, entre outros.
Foto/acervo: Chico D`Oliveira
Curiosamente, embora fosse o proprietário do grupo, Edmundo não se apresentava com a banda. Ele liderava um conjunto regional à parte, onde brilhava com seu bandolim. Visionário, também foi proprietário da famosa Casa da Música, e mantinha sempre os equipamentos da Lunik Som atualizados com o que havia de mais moderno na época — era referência em qualidade sonora.
Vale lembrar que, naquele tempo, bandas como a Lunik Som eram chamadas de “conjunto”. E esse conjunto contava com uma estrutura digna dos grandes palcos: uma Veraneio — o mesmo modelo usado por Luiz Gonzaga — com capacidade para nove passageiros, garantindo conforto nas longas viagens. O motorista oficial, Amauri (irmão da professora Nilzete), também atuava como técnico de som e operador de gerador, demonstrando a versatilidade da equipe.
Foto/acervo: Chico D`Oliveira
Da esquerda para direita: Gerson, Edilson, Chico D`Oliveira, Ze da Cotinha, Iomar, Amauri e Zé Popô.
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Iomar Canário, Chico D’Oliveira, Pelé e Zé Dilson Pinheiro (crooners)
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Elias da Maria Senhora, Macedo e Chico D’Oliveira (bateristas)
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Gerson e Evangelista (baixistas)
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Edilson (guitarra solo)
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Zé Raimundo Esteves (guitarra base)
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Serapião (guitarrista)
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Zé Popô (organista / tecladista)
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Gilvan (trompetista)
(O site será atualizado com os nomes de outros músicos que fizeram parte dessa trajetória e merecem ser lembrados.)
Foto/acervo: Chico D`Oliveira
Caldas de Cipó (1977): Edilson, Chico, Zé Popô e Gerson
As apresentações da Lunik Som duravam, em média, cinco horas — frequentemente atravessando a madrugada. A logística seguia o estilo “bate e volta”, e o grupo raramente pernoitava nos locais das apresentações. A qualidade sonora impressionava: muitos afirmam que o som da Lunik Som superava o de várias bandas atuais. Era tecnologia de ponta para a época!
Os ensaios aconteciam no salão do Acre, e os músicos precisavam ter ouvido apurado. As músicas eram aprendidas direto da fita cassete, indo e voltando até que tudo estivesse no ponto. Graças à competência e sensibilidade dos músicos, o repertório era assimilado com rapidez e perfeição.
“Aí é um colosso!” — dizia Zezito do Belo, pai do autor deste blog, sempre que ouvia a Lunik Som se apresentar.
Como forma de manter viva essa memória tão especial, surgiu a Conexão Lunik Som, uma nova banda formada por músicos da velha guarda e talentos da nova geração. O repertório homenageia as décadas de 60, 70 e 80 — mantendo viva a essência e a energia daquele tempo inesquecível.
Segue o link da banda atual Conexão Lunik Som em homenagem ao antigo grupo de Edmundo Esteves
https://youtu.be/eupHc7Q8Olg?si=fmwcRyoA5Cm0g8JA
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