Pesquisar este blog

terça-feira, 8 de abril de 2025

Na batida do vinil: quando a Discoteca Acre virou palco da música da terra

Por Ney Campos


Foto/crédito: Mi Oliveira

Na foto tirada no GCREC, da esquerda para direita tocando nos equipamentos da banda J. SOM 6,  Pino Salvador (bateria), Zezinho do Xanxo (proprietário da banda), Nem de Salvador no contra baixo, Zé Dilson (reportagem), Mi Oliveira (guitarra) e Zeca dos Teclados.



Lá pros lados de 1984, tinha um cantinho que fazia o coração do povo bater mais forte: a Discoteca Acre. Todo mês, o salão se enchia de vida, som e alegria. Era festa garantida, com artistas da terra, Severino Melo, Chico D`Oliveira, Antonio Rocha, entre outros,  subindo no palco pra cantar suas próprias músicas, misturadas com os sucessos que o povo gostava de ouvir e dançar.

 


Mas não era só por farra não, viu? Tinha um propósito bonito por trás: levantar dinheiro pra gravar um disco de vinil compacto com 4 músicas (duas de cada lado). E naquela época, gravar um disco era coisa de luxo — caro que só! Pra dar conta, os artistas bolaram esse esquema: vendia-se ingresso, chamava-se a comunidade e fazia-se a festa!

 


O povo comprava a ideia na hora. Todo mês, o salão ficava lotado. O público vinha animado pra ver a equipe se apresentar com uma banda da cidade, J. SOM 6, daquelas caprichadas, e ainda tinha dançarinas pra completar o clima arretado. Era um espetáculo completo, digno de memória.

 



Esse movimento durou em torno de dois anos, tempo suficiente pra deixar uma marca forte na história cultural da cidade. A Discoteca Acre virou símbolo de resistência, criatividade e orgulho local. Num tempo em que tudo era mais difícil, o pessoal se uniu e fez acontecer, provando que quando o povo quer, a cultura não morre.

 

Até hoje, quem viveu aquilo lembra com brilho nos olhos. E quem escuta a história sente vontade de ter estado lá, dançando e sonhando junto com aquela gente.

 

 Desenhos/fonte: revista.anicer.com.br

---













Nenhum comentário: