
Mas não era só por farra não, viu? Tinha um propósito bonito
por trás: levantar dinheiro pra gravar um disco de vinil compacto com 4 músicas
(duas de cada lado). E naquela época, gravar um disco era coisa de luxo — caro
que só! Pra dar conta, os artistas bolaram esse esquema: vendia-se ingresso,
chamava-se a comunidade e fazia-se a festa!
O povo comprava a ideia na hora. Todo mês, o salão ficava
lotado. O público vinha animado pra ver a equipe se apresentar com uma banda da
cidade, J. SOM 6, daquelas caprichadas, e ainda tinha dançarinas pra completar
o clima arretado. Era um espetáculo completo, digno de memória.
Esse movimento durou em torno de dois anos, tempo suficiente
pra deixar uma marca forte na história cultural da cidade. A Discoteca Acre
virou símbolo de resistência, criatividade e orgulho local. Num tempo em que
tudo era mais difícil, o pessoal se uniu e fez acontecer, provando que quando o
povo quer, a cultura não morre.
Até hoje, quem viveu aquilo lembra com brilho nos olhos. E
quem escuta a história sente vontade de ter estado lá, dançando e sonhando
junto com aquela gente.
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