Pesquisar este blog

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

José Raimundo Campos Esteves

Foto: Zé Raimundo aos 17 anos com suas colegas de escola: Rita de Valdomiro Dentista (ao meio) e Fátima de Orcarzão

Por Ney Campos

Quem não o conhecia e o via caminhando pelas ruas, muitas vezes demonstrando timidez, não imaginava o que havia por trás daquela figura alegre: um contador preciso de piadas, amável, caridoso e solidário. José Raimundo Campos Esteves, o Zé Raimundo, como era conhecido, nasceu em 23 de junho de 1953, em Euclides da Cunha. Estudou na cidade até os 17 anos e, durante algum tempo, trabalhou com seu pai, Edmundo Esteves, como músico da banda The Lunick Som, atuando como guitarrista base.

Partiu para Salvador em 1970, onde estudou no Colégio Estadual Manoel Devoto e, ao mesmo tempo, trabalhava em um banco privado, o Banco Sul Brasileiro. Nos finais de semana, saía com seu violão pelas praias e restaurantes da capital, sempre acompanhado de um grupo de amigos. Ficou conhecido como "Baiúca", nome de uma bebida da moda na época.

Retornou à sua terra natal em 1980 para investir no comércio. Trabalhou no ramo de bar, restaurante e sorveteria durante toda a sua vida.



Foto: Tocando no Grupo Musical The Lunicksom

Zé Raimundo era um grande instrumentista. Tocava violão e guitarra, apreciava piano e instrumentos de sopro, entre outros. Muito espiritualista, tinha enorme prazer em compartilhar seus conhecimentos com os outros.




Zé Colaborando com a Tendinha Cultural.
Para saber mais sobre a Tendinha Cultural clique
AQUI

Amava as crianças e tinha total paciência para ensinar-lhes o que sabia. Inclusive eu, que hoje toco bandolim, aprendi com ele violão e guitarra aos 12 anos de idade. Muitos o chamavam carinhosamente de Zé. Ele chegou até a adquirir livros sobre a linguagem dos surdos e mudos, apenas para poder dar mais atenção às pessoas com essa deficiência.

Tinha gosto por jogos de raciocínio, como xadrez, dama e gamão, que ensinou a várias pessoas em Euclides da Cunha. Era raro ver alguém sair triste de seu ponto comercial após um breve contato com ele.

Com sua esposa, Maria Sônia Campos Esteves, teve três filhos: Diogo Campos Esteves, Tarcila Campos Esteves e Ângela Campos Esteves. Católico de família católica, Zé também apreciava a Doutrina Espírita, por meio de livros e filmes, e aprendeu que a "morte" é apenas uma desencarnação — o processo em que o espírito se desliga do corpo físico e retorna ao plano espiritual.

Zé Raimundo desencarnou em 2 de novembro de 2010, aos 57 anos, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). E hoje, certamente, contempla a casa gigantesca do Senhor nos céus, junto de seu pai, tio, avós e amigos, em boas vibrações para a vida eterna.


_____

5 comentários:

Lucinha disse...

Ney,

Excelente. Fiquei emocionada em ver divulgadas as virtudes que possuía o querido Zé Raimundo(nosso compadre).
Praticava os ensinamentos de Cristo, compartilhando com os outros os seus conhecimentos "sem divulgação" e praticando a caridade com o próximo.
Tenho certeza que no plano espiritual a sua chegada foi com muita festa.
Lucinha Campos

Lucinha disse...

Zé Raimundo, como era inteligente, alegre, alto astral!
Passei ótimos momentos em sua companhia, quando fazíamos o ginásio no Educandário Oliveira Brito.

Dilermando Lemos disse...

Ney,
Conhecí o Zé Raimundo, era um ótimo
rapaz,sei que ele tinha um irmão.
sinto que o mesmo tenha falecido
tão jovem por conta de um AVC.
Também tive um AVC,más estou me recuperando.
tenho um blog.
É dilaclemos@gmail.com
Contém l53 postagens.Meus pais,filhos e neta.
também tem desenhos meus.retratos da minha cidade etc.Espero que gostes.

Dilermando Lemos disse...

Oi Ney,
Creio que houve o engano, na foto ao lado de Zé Raimundo, quem está no meio é Lulu Dantas Lima, a outra não conheço.
Também quero saber s/o Zé do Zuca. A Fátima encontrei umas duas vezes aquí em Salvador.Sou cliente da sua Loja de Pneus Igautemí oinde sou bem tratado.Moro há uns 500 metros da loja.Sei que foi a Prefeita de Euc.da Cunha.
Abraços,
Dilermando.

Jorge Remígio disse...

Fiquei triste ao ler essa matéria. Não sabia que o Zé Raimundo havia falecido. Quando morei em Euclides (71 e 72), cantei muito "Você Abusou", "Madalena" e outras boas músicas e o Zé no violão, na praça em frente ao ACRE. Tempo bom e inesquecível. Abraços